Elas ainda respondem por um percentual pequeno das vendas, mas as cores vibrantes estão ganhando espaço na linha de montagem das montadoras e nas garagens dos consumidores. Tons como verde e amarelo, por exemplo, respondiam por 1% da frota brasileira na última pesquisa realizada pela multinacional DuPont antes de a companhia vender sua divisão de tintas automotivas para o Grupo Carlyle, no ano passado.

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Dentro das montadoras, a oferta de cores diferenciadas pode variar de um modelo para outro. Gerold Heinz Pillekamp Filho, supervisor de Produtos da Audi Brasil, explica que as cores comuns ainda são as mais procuradas por 80% a 90% de compradores do A8, por exemplo. Já no caso do A1, “as cores comuns (branco, preto e prata) representam 60% e as outras cores (como vermelho, azul, marrom e cinza) correspondem aos outros 40%”, diz ele.

Tiago Castro, gerente de Produto da Nissan, afirma que as cores vibrantes oferecidas pela montadora como o Azul Egeu e o Laranja Califórnia são destinadas a um nicho específico de consumidores. Segundo ele, essas opções colaboram de maneira positiva para atrair novos compradores. “Em média, essas cores representam no máximo 5% das vendas da Nissan no Brasil”, conta Castro.

O diretor da Euro Import, concessionária BMW, MINI, Land Rover e Jaguar no Paraná, Ricardo da Cunha Pereira, considera que cada marca tem algumas cores “próprias” e que são representativas. “Por exemplo, quando se fala em Land Rover e até mesmo em Jaguar, é muito fácil relacionar com o verde escuro metálico, que é consagrado entre os clientes. Já o azul e o vermelho são muito característicos da BMW”, explica.

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Prata, preto e branco, nessa ordem, lideram a lista das cores mais usadas na frota brasileira. Para Pillekamp Filho, da Audi, a tendência é de aumento da presença de cores diferenciadas, como vermelho, azul, marrom e laranja. Segundo especialistas, completa ele, a próxima cor da moda poderá ser o marrom. “Mas isso só o mercado poderá nos dizer”.

Razões

Em 2010, o restaurador de móveis Adélcio Kaminski passou por uma mudança na sua vida e achou que algumas ações poderiam simbolizar a nova fase: mudou o corte de cabelo e decidiu comprar um carro de uma cor diferente. Kaminski optou pelo Novo Uno Amarelo Citrus. “Minha escolha deu uma certa personalidade, saí do lugar comum”, diz ele. Sobre a possibilidade de ter alguma dificuldade no momento de vender o carro, Kaminski afirma, sem maiores preocupações, que é um preço que se paga pela exclusividade.

Ivanaldo Alexandre/Gazeta do Povo
Nissan March.
Ivanaldo Alexandre/Gazeta do Povo
Mini Cooper Facelift.
Ivanaldo Alexandre/Gazeta do Povo
Toyota Etios.
Ivanaldo Alexandre/Gazeta do Povo
Audi A1.
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