Alguns motoristas acreditam que vão preservar seus veículos deixando-os cobertos e parados na garagem. Outros, no entanto, são obrigados a abandonar o carro – devido a uma viagem, férias ou mudança de país – por longo período.
Nos dois casos, é preciso tomar algumas precauções, uma vez que o tempo de inatividade pode prejudicar o funcionamento do motor e o estado do automóvel. Segundo Ricardo Bock, coordenador do curso de Mecânica Automobilística da Faculdade de Engenharia Industrial (FEI), as preocupações começam quando o veículo fica parado por mais de 30 dias. Numa situação como esta, ele recomenda que o proprietário tome algumas precauções.
O carro deve ser devidamente preparado para o período de “hibernação”. “Antes de mais nada, é importante que o motorista troque o óleo do motor, o filtro de óleo, coloque água no radiador, desligue o cabo da bateria e retire o combustível do tanque. Esses cuidados vão garantir a preservação do motor e evitar a oxidação de componentes”, diz.
Outro item que precisa de atenção é o pneu. Além de perder pressão, o componente pode sofrer deformações. A solução é colocar o veículo em cima de cavaletes. O automóvel também deve ser guardado limpo e coberto com um lençol ou capa. Outra sugestão é deixar os vidros levemente abertos para evitar o surgimento de bolor.
Antes de voltar a rodar com o veículo, recomenda-se uma revisão completa, incluindo limpeza do carburador ou injeção eletrônica, do ar-condicionado, troca do óleo do motor e do câmbio, dos filtros de óleo e de combustível, recarga da bateria e ainda a verificação dos freios. É bom verificar se borrachas do carro não ficaram ressecadas.
Mas o ideal mesmo é pedir para alguém ligar o motor e circular com o veículo uma vez por semana. Assim, tanto o propulsor como o câmbio, freios, pneus e sistema elétrico (bateria e alternador) estarão em atividade, evitando eventuais falhas.