João Carlos (Tatão)

Para utilizar a tecnologia ?flex? fornecida pela Bosch, o carro escolhido pela montadora francesa foi o compacto-premium C3, porém, apenas o modelo equipado com propulsor 1.6i 16V. O novo bicombustível, fabricado na unidade de Porto Real (RJ), chegou ao mercado em duas versões de acabamento: a de entrada GLX, e a topo de linha Exclusive.

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Quanto ao seu estilo e ?design? o carro não teve alterações.

A dianteira é o que chama mais a atenção neste Citroën. O capô é curto e termina em formato horizontal, onde começa a grande grade dianteira, com o logo da marca na parte superior. O conjunto ótico acompanha as linhas do capô e grade, saindo pelas laterais, formando um belo desenho.

Complementa o visual o pára-choque pintado na cor do carro, que se une a saia, que incorpora mais uma grade e os faróis de neblina redondos, de série apenas na versão Exclusive. Na versão GLX, há um borrachão pintado de preto de cada lado do pára-choque, para evitar pequenos riscos na pintura, assim como nas laterais do carro, unindo os dois pára-lamas.

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A parte traseira do C3 também chama a atenção. Seu desenho é todo arredondado, inclusive o vidro traseiro, formando quase uma bolha. Destaque para o desenho das lanternas em formato de um triângulo. Elas saem do meio do vidro traseiro e sua base termina no grande pára-choque pintado na cor do carro. O C3 conta, ainda, com alerta sonoro de estacionamento.

O C3 acomoda quatro pessoas. Os ocupantes do banco traseiro não contam com bom espaço para as pernas, o que é natural num carro do seu porte. Mas o acabamento é muito bom. Seu painel de instrumentos é moderno. Tudo é prático e ergonômico, além dos instrumentos estarem bem à mão do motorista e serem de fácil visualização. O porta-malas do C3 tem bom espaço para a bagagem: 305 litros.

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Para não dizer que nada foi modificado no C3 1.6i 16V Flex, de diferente ele ganhou o logotipo Flex na tampa do porta-malas e o adesivo verde, ?gasolina/álcool?, na tampa do tanque de combustível.

A versão GLX vem com ar-condicionado de série, assim como direção elétrica, freios ABS de 4 canais, pneus 185/60 R15, computador de bordo, painel de instrumentos digital, sistema elétrico multiplexado, volante com regulagem de altura e profundidade, banco do motorista com regulagem de altura, chave com dispositivo antifurto transponder, e ?brake light?, entre outros. (BN)

OLHO CLÍNICO

Durante a avaliação, em percurso rodoviário de aproximadamente 180 quilômetros, deu para perceber que o novo bicombustível da Citroën, quando abastecido apenas com álcool, ficou mais ágil do que a versão movida apenas a gasolina. O carro, que era bastante confortável, ficou ainda melhor. Com o novo motor, o aumento de giros é feito de maneira gradual, sem trancos.

Seu motor é o mesmo utilizado pelo Peugeot 206 Flex, porém, recalibrado pela Citroën. Além disso, o motor 1.6 i 16V modelo TU5JP4 teve alterações como remapeamento da central de gerenciamento eletrônico do motor e a colocação do reservatório de gasolina para se tornar um Flex.

De acordo com números da montadora, o C3 1.6i 16V Flex GLX manteve os 110 cavalos de potência a 5.600 rpm, com gasolina no tanque, e passou a contar com 113 cv, também a 5.600 rpm, rodando com o combustível renovável. Seu torque máximo é de 14,5 kgfm a 4.000 rpm, com gasolina, e de 15,8 kgfm, com álcool. Os 100 km/h são alcançados em 9,8 segundos, com gasolina, e em 9,6 segundos, com álcool.

Foram mantidas as principais qualidades do carro como, por exemplo, a direção elétrica, que pode ser regulada em profundidade e altura, além do acerto mecânico da suspensão, que garante excelente dirigibilidade, estabilidade e conforto a bordo do C3. O ponto negativo, segundo alguns, ainda fica por conta do acionamento elétrico dos vidros por intermédio de botões localizados entre os assentos, mas que poderiam ser instalados nas portas. A suspensão do C3 1.6i l6V Flex GLX é bastante suave e confortável, um pouco mole para situações em alta velocidade, porém, nada que comprometa o bom rendimento do veículo.

O compacto premium C3 1.6i 16V Flex da Citroën ?briga? na mesma faixa de mercado com o Peugeot 206 e dois Volkswagen – Fox e Polo, todos equipados com motor 1.6 litro 16V bicombustível, com potência máxima parecida. Apesar da introdução da tecnologia Flex, não será agora que o carro passará a contar com transmissão automática.

De acordo com executivos da montadora, apesar de o modelo europeu contar com a opção, o C3 1.6i 16V nacional não deverá contar com o câmbio automático tão cedo. ?Existe a possibilidade, porém o custo é o grande problema?, afirmou Filipe Pereira, gerente de Marketing, Produto e Estudo de Mercado da Citroën do Brasil. (BN)

FICHA TÉCNICA

Motor: Dianteiro, transversal, quatro cilindros em linha, 16V

Cilindrada: 1.587 cm³

Potência: 110 cv a 5.600 rpm (G) e 113 cv a 5.600 rpm (A)

Torque: 14,5 kgfm a 4.000 rpm (G) e 15,8 kgfm a 4.000 rpm (A)

Taxa de compressão: 11:1

Câmbio: Mecânico, de cinco marchas

Comprimento: 3,85 m

Largura: 1,66 m

Altura: 1,53 m

Entre-eixo: 2,46 m

Porta-malas: 305 litros

Peso: 1.075kg

Suspensão: Tipo McPherson, independente, com molas helicoidais e amortecedores hidráulicos telescópicos e barra estabilizadora, na dianteira, e travessa com sistema deformável, braços oscilantes, molas helicoidais, amortecedores hidráulicos telescópicos e barra estabilizadora, na traseira

Freios: A disco nas quatro rodas

Tanque: 47 litros

Preço – GLX: R$ 41.650,00