O “roadster” de estilo retrô da BMW, o Z3, depois de sete anos, dá passagem a seu sucessor. A marca alemã apresenta no Salão de Paris deste ano, o Z4, substituto do modelo lançado em 1995 e que já estava defasado, sobretudo na mecânica. No mês seguinte já estará à venda nos Estados Unidos, seu país natal (será produzido em Spartanburg, como o antecessor) e um de seus principais mercados-alvo.
Ao contrário do Z3, o Z4 não faz concessões a formas clássicas: o carro inspira modernidade da mesma forma que o novo Série 7 em seu segmento. Apenas as características básicas do desenho – o longo capô, os dois lugares quase sobre o eixo traseiro, o entreeixos avantajado – permanecem: todo o restante distingue-se claramente do modelo anterior. As arestas, convexidades e concavidades estão por toda parte. O interior é atraente, mesmo sem a extravagância do Z8. Sua capota de lona tem recolhimento manual, havendo opção pelo controle elétrico, capaz de montá-la ou recolhê-la em 10 segundos . O “vigia” passa a ser em vidro, em vez do plástico do Z3, e o espaço para bagagem aumenta de 165 para 260 litros.
Quanto a motorização, as versões mais “quentes” ficam para depois. Por ora, apenas os motores de 2,5 (192 cv, 235 km/h) e 3,0 litros (231 cv, 250 km/h), ambos de seis cilindros em linha, serão oferecidos, com câmbio manual (de cinco e seis marchas, na mesma ordem) ou o automático Steptronic de cinco velocidades. A Sequential Manual Gearbox (SMG), ou caixa de câmbio manual seqüencial, como a do M3, será oferecida no segundo trimestre de 2003.
O “Dynamic Drive Control” (DDC), controle dinâmico de direção, possui uma opção Sport que torna mais rápidas as respostas do acelerador eletrônico, da transmissão automática e até da direção, possível graças à assistência elétrica.
Como era de se esperar de um BMW, a distribuição de massas é perfeita (50% por eixo), as bitolas largas e o centro de gravidade baixo. O Z4 terá ainda pneus capazes de rodar vazios, controles de estabilidade e de tração, além dos opcionais sistema de navegação por DVD, sistema de áudio sofisticado (com tecnologia Carver para melhor reprodução de graves, importante num conversível) e telefone móvel.
Depois de toda essa tecnologia, acreditamos que o James Bond, que voltou a usar Aston Martin, já deve ter se arrependido.