BMW F 800GS chega com com novidades para 2013

A moto BMW mais vendida do Brasil, a F 800GS, montada no sistema CKD na fábrica da Dafra, em Manaus (AM), chegou com novidades para 2013. O modelo trail da marca bávara sofreu algumas alterações estéticas e ganhou novos equipamentos eletrônicos, como freios ABS, aquecedor de manoplas e controle de tração (ASC) de série. Tudo isso para se manter na liderança da categoria que mais cresce em todo o mundo, as bigtrails. Só no Brasil foram vendidas 2.429 unidades em 2012. Apesar das atualizações, o modelo atual tem o mesmo preço do anterior: R$ 42.900 e está disponível em três opções de cores: marrom, branca e azul.

Quando ouvimos falar da família GS da BMW, logo pensamos em aventura. E não é à toa. Desde 1980, a marca alemã constrói motos dessa linhagem, com suspensões maior curso e posição de condução ereta, focadas para a pilotagem dentro e fora da estrada. Essa característica já vem do nome: GS significa Gelände Strasse, alemão para on/off-road. A série conquistou notoriedade ao vencer a mais difícil prova de rali do mundo, o Paris-Dakar, apenas um ano depois de seu lançamento, em 1981. A partir daí, seu sucesso só aumentou no decorrer de mais de três décadas.

Visual renovado

Com o mercado de motos premium em franco crescimento e, principalmente motivado pelo lançamento mundial da Triumph Tiger 800, a BMW se sentiu na obrigação de renovar seu produto. Porém, seguindo a máxima “em time que está ganhando não se mexe”, as atualizações foram poucas, mas eficientes. As aletas laterais agora são menores e com ângulos mais incisivos, deixando o visual ainda mais agressivo. Os defletores de ar frontais subiram alguns centímetros e estão mais próximas do parabrisa, permitindo assim um melhor fluxo de ar. O “bico” da moto também mudou para seguir as linhas mais angulares e agressivas do conjunto. As setas e a lanterna traseira em LED receberam uma máscara fumê.

Além disso, os comandos de punho ficaram mais padronizados, de fácil acesso e manuseio. O acionamento das setas indicadoras, por exemplo. Anteriormente existiam dois botões, um em cada punho. Agora estão unidos do mesmo lado, na esquerda, como na maioria das motocicletas. Outro detalhe que mudou foi o “corta-corrente”, agora acionado por um botão mais convencional.

O painel de instrumentos continua o mesmo. Tem conta giros e velocímetro analógicos, e um display totalmente digital contendo todas as informações necessárias. Temperatura do motor, hodômetro total e parcial, indicador de marcha engatada, nível de combustível, relógio, cronômetro e autonomia do tanque são alguns de seus atributos. Mas, nem tudo é perfeito. Em alta velocidade, acima dos 100 km/h, há certa dificuldade na visualização do velocímetro analógico. Há ainda uma saída 12V para acessórios como, por exemplo, um GPS. O painel conta com uma iluminação laranja de acendimento automático quando a luz ambiente diminui.

Motorização e mais tecnologia

A F 800 GS 2013 conservou o mesmo motor de sua versão anterior, um bicilíndrico paralelo de 798 cm3 com refrigeração líquida, capaz de gerar 85 cv a 7.500 rpm e 8,5 kgf.m de torque a 5.750 rpm. Como percebemos pelos números, a força deste propulsor vem desde as mais baixas rotações, ou seja, tem fôlego de sobra para ultrapassagens nas rodovias, sem pedir a troca constante de marcha. Em alta velocidade, acima dos 140 km/h, o conjunto passa um pouco de vibração aos pés do condutor, mas nada fora do comum para uma moto que é equipada com motor de dois cilindros paralelos. A caixa de câmbio de seis velocidades tem encaixes justos e precisos. O acionamento da embreagem, às vezes, é até desnecessário.

Durante o teste, exigimos bastante do motor da BMW F 800GS dentro da cidade, em rodovias e em estradas de terra. Mesmo assim, a moto teve um consumo de combustível razoável: média de 17,9 km/l. Com esta m&eac,ute;dia, o tanque de 16 litros tem uma autonomia total de 287,79 km, próximos aos 305 km declarados pela marca.

No quesito tecnologia, a motocicleta da marca bávara ganhou uma novidade: o controle de tração ASC (Automatic Stability Control) de série. Na Europa, o modelo conta como opcional ajuste eletrônico de suspensão (ESA), que não chegou ao Brasil. Já o trabalho do ASC é muito bem vindo, principalmente em pisos irregulares e escorregadios. Assim que o sistema detecta que a motocicleta perde aderência, o sistema corta o motor e corrige praticamente sozinho a situação. Uma segurança a mais para o motociclista. Mas, para uma pilotagem mais agressiva no off-road, recomenda-se que o controle de tração seja desligado para que a moto não “engasgue” por conta das irregularidades do piso, já que o sistema visa mais a segurança do que o desempenho.

O aumento da segurança do condutor não para por aí. Discos duplos dianteiros de 300 mm são mordidos por pinça flutuante de dois pistões da Brembo e, na traseira, disco simples de 265 mm com pinça de um pistão, também da marca italiana. O ótimo conjunto fica ainda melhor com a adição do ABS de série. Como o controle de tração, o sistema antitravamento também pode ser desligado, ambos por meio de um botão no punho esquerdo.

Mario Villaescusa/Agência Infomoto
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