Para o Salão Internacional do Automóvel de Nova York (EUA), que abriu suas portas no último dia 12 de abril, a tradicional marca britânica Bentley, controlada pela Volkswagen, apresentou a versão conversível do cupê, a GTC, que lembra o belo cupê Continental GT, de 2003.
O novo veículo que completa a linha Continental, foi criado pelo "designer" brasileiro Raul Pires, que, de estagiário de "design" na VW do Brasil, passou pela Skoda antes de chegar ao topo do departamento de "design" da fabricante de carros de luxo da Grã-Bretanha, em Crewe.
É equipado com motor W12 biturbo 6,0-litros de 560 cv e 66,3 kgfm a partir de 1.600 rpm, com sistema de tração nas quatro rodas e a suspensão a ar, que tornaram os outros modelos da linha mais do que festejados. A transmissão é uma ZF, automática, de seis marchas. A diferença é que o carro também ultrapassa os 300 km/h (chega a 312 km/h), mas o faz com a capota arriada (306 km/h, neste caso).
Seu estilo é fiel ao do restante da família, mas incorpora algumas alterações, com o objetivo de manter o visual harmônico quando o teto está aberto. O sistema, aliás, não seguiu a tendência de capotas rígidas escamoteáveis no porta-malas, mas sim o mais comum, com capota de lona. Quando começar a ser vendido, perto do final deste ano, o GTC terá como companhia o Azure, conversível baseado no sedã Arnage. O novo lançamento completa a linha Continental.
A capacidade de carga, como em quase todo esportivo, é pequeno. São 235 litros, porta-malas semelhante ao de um Fiesta Street. O que faz a diferença, além do desempenho, é o refinamento com que o carro é fabricado. O painel tem aplicações de nogueira ou outros quatro tipos de madeiras nobres e o volante é revestido em couro, importado de países mais ao norte da Europa. O volante é costurado com duas agulhas, simultaneamente.
Preocupação maior para os apreciadores de conversíveis era a torção da carroceria, que tende a ser maior com a remoção da parte superior. Mas no GTC, a montadora conferiu uma rigidez à torção de 30 Hz (números segundo a fábrica), "incríveis para um conversível". O objetivo foi atingido com reforços de aço nos extremos da carroceria e por travessas de reforço instaladas longitudinalmente sob a cabine. Apesar de a marca não ter representação oficial no Brasil, é possível encontrar alguns poucos importados de maneira independente.
