Depois da reconstrução, o Autódromo Internacional de Curitiba (AIC), situado em Pinhais, em março 1996, quando se tornou o segundo melhor do País, passou a receber provas de caráter nacional e internacional, com isso, movimentando o turismo na capital. Só no ano de sua segunda re-inauguração, o AIC recebeu uma etapa do mundial BPR Gran Turismo e o Festival Brasil/Estados Unidos de Arrancada, durante o 4.º Festival Brasileiro de Arrancada, organizado pela Força Livre Motosport.
Inaugurado oficialmente em 1967, como Autódromo Governador Paulo Pimentel, a pista fez sucesso até meados dos anos 70s. Mas ficou fechada de 73 a 89, por um desentendimento entre os sócios. Em oito de outubro de 1989, teve a sua primeira reinauguração, como Autódromo Internacional do Paraná, Circuito Raul Boesel, sob o comando do empresário Adeodato Volpi Jr. Passou por uma reconstrução de 94 a 95, e foi reinaugurado como Autódromo Internacional de Curitiba, com uma prova de Stock Car, em 30 de junho de 1996, tendo à frente dos negócios o empresário Jauneval de Oms, o Peteco.
Em 2006, depois de muitos esforços, o empresário Augusto Farfus dos Santos conseguiu trazer uma etapa do WTCC para Curitiba. Convidou Cristiano Mazzali, marketing da prefeitura de Curitiba, para fazer a apresentação da cidade em Monte Carlo, na Itália, Marcelo Lotti, presidente da KSO, empresa responsável pela WTCC. Mazzali mostrou que Curitiba reunia a infra-estrutura necessária, com aeroporto, hotéis e restaurantes de alta qualidade e poderia sim receber uma etapa do segundo campeonato mais importante da FIA. Depois de uma inspeção na pista, a etapa foi aprovada por três anos.
Segundo o secretário municipal de turismo, Luiz de Carvalho, essa prova foi realizada sem nenhum dinheiro público e nem poderia ser diferente. "Depois de um entendimento com a Prefeitura de Pinhais, onde o AIC está situado, decidimos auxiliar na parte logística, pois o WTCC envolve muitas pessoas, de vários países e é muito importante para Curitiba. A FIA e a KSO buscaram subsídios para realizar a prova", avaliou Luiz de Carvalho. "Nosso objetivo é fazer com que essas pessoas fiquem pelo menos mais dois dias para conhecer os pontos turísticos da nossa cidade. Isso movimenta o comércio em geral", completou o secretário.
Mas não é só o WTCC que atrai turistas para Curitiba. No calendário anual do AIC, tem ainda duas provas de Stock Cars, uma de Fórmula Truck, Troféo Maserati e Brasileiro de Marcas e Pilotos. Além dessas corridas, as etapas do Paranaense de Arrancada, que atraem pilotos de todo o Brasil, e as provas do Show Cars – Racing Team, com pilotos do Paraná e Santa Catarina em sua maioria. "Em todos esses eventos, muitas pessoas vêm para Curitiba e Região Metropolitana. As corridas trazem uma classe de turística específica ao AIC, aumentando de 10% o turismo nos últimos anos", diz Luiz de Carvalho.
A prova do WTCC deste ano, que acontece nos dias 10 e 11 de março, denominada HSBC – Race of Brasil 2007, tem apelo social, pois para ingressar no AIC será cobrado um quilo de alimento não perecível. Posteriormente Fernanda Richa, presidente da Fundação de Ação Social (FAS), distribuirá as doações às famílias carentes de Curitiba. "Uma prova deste nível, com pilotos importantes como Alessandro Zanardi, Nicola Larini e o curitibano Augusto Farfus Jr., certamente vai levar grande público ao AIC. Então, não é só o comércio que ganha com o evento, mas também as famílias carentes de Curitiba", concluiu Luiz de Carvalho, Secretário Municipal de Turismo de Curitiba.