O Austin Mini foi lançado em 8 de maio de 1959 como um dos modelos mais revolucionários do século. Com apenas três metros de comprimento, rodas de dez polegadas de diâmetro e motor transversal, o Mini conquistou uma legião de fãs na mesma época em que surgiam as primeiras minissaias e o “rock and roll” se popularizava junto à juventude.
Completavam sua lista de características inovadoras a carroceria monobloco, a ausência de amortecedores na suspensão até 1964 (substituídos por batentes de borracha) e a tração dianteira. Ele também era extremamente econômico, rodando 17 km com apenas 1 litro de gasolina, na versão de 850 cc.
Desenhado por Alec Issigonis, o Austin Mini era pequeno por fora, mas com espaço interno bem aproveitado. Ele tinha portas grandes que facilitavam o acesso, gavetas sob o assento traseiro e caixas de roda que não atrapalhavam a acomodação tanto das bagagens como dos ocupantes.
A instrumentação contava com velocímetro no centro do painel, e os vidros das portas eram deslizantes. No teto, uma alça controlava um curioso farol instalado na capota como opcional, e o extintor de incêndio ficava à mostra, como nos carros de competição.
Aliás, pelo baixo centro de gravidade e pelas características que lhe davam agilidade acima da média, o Mini foi vencedor do famoso Rali de Montecarlo em 64, 65 e em 67, entre outras provas do automobilismo mundial. Seu apelo esportivo começou quatro anos depois do seu lançamento, por influência do piloto John Cooper. Nesta época foi lançada a versão Cooper, com motorização 1.0 de 55 cavalos e, logo em seguida, a Cooper S, de mesma cilindrada mas com 70 cv de potência. Houve também a Cooper S de 1.275cc e 76 cv, alimentada por dois carburadores horizontais, capaz de chegar a 160 km/h.
Produzido ininterruptamente durante 41 anos, o Mini foi o segundo colocado na eleição do carro do século. Foi só neste ano que ele saiu de cena para dar lugar ao novo Mini, apresentado em setembro de 2000, no Salão de Paris. A nova edição, desenvolvida pela BMW e montada na Inglaterra, é equipada com motor 1.6 Tritec (joint venture entre a BMW e a Chrysler), feito na Cidade Industrial de Curitiba, no Paraná.
O novo modelo será vendido em revendas selecionadas da rede BMW, que terão de reservar “show-rooms” separados para o pequeno modelo. Tomando o sucesso do New Beetle como exemplo, o Mini do século XXI deve continuar a fazer parte dos ícones de uma nova era.