Os visitantes do Salão Internacional do Automóvel 2002, em São Paulo, vão sentir, em pleno Pavilhão do Anhembi de 8 a 20 de outubro, um pouco da emoção das pistas de competição mais cultuadas do mundo. A Audi vai trazer para o seu estande o vitorioso modelo R8, vencedor das três últimas edições da mais charmosa e difícil prova de “endurance” do planeta: as 24 Horas de Le Mans.
Será uma oportunidade única de conhecer de perto o bólido que, surpreendentemente, fez vir abaixo em aplausos um autódromo já acostumado a ver de tudo, de pilotos conceituados a artistas renomados, sendo até “personagem” de cinema (“Le Mans”, estrelada por Steve McQueen). Convenhamos, para uma marca que, nos últimos anos, não só garantiu a primeira colocação na corrida, mas ainda teve a ousadia de ficar com o segundo e o terceiro lugares, é de tirar o chapéu e aplaudir de pé mesmo.
“É a primeira vez que o público brasileiro vai ver de perto o Audi R8, modelo que se tornou uma lenda do automobilismo depois de conquistar tantas vitórias seguidas”, afirma Leonardo Senna, diretor-executivo de “marketing” da Audi Senna. O modelo de competição, porém, deve ter trabalho para bancar o “aparecido” no estande da marca. “Não vão faltar estrelas no estande da Audi, e eu posso adiantar que, pelo menos duas delas, o A8 e o RS6, vão chamar a atenção, de tão modernos que são”, considera o executivo.
O R8 que vai ser exposto no Salão do Automóvel é o mesmo pilotado por Frank Biela, Tom Kristensen e Emanuele Pirro, os tricampeões por três anos seguidos. Em cada corrida, o protótipo percorreu nada menos do que 5.118,75 quilômetros, à média de 213 km/h. Para se ter uma idéia do que isso representa, é mais ou menos como ir de São Paulo ao Rio de Janeiro em duas horas, e repetir o feito doze vezes, consecutivamente, em um dia. As voltas mais rápidas do Audi no lendário circuito de 13.650 metros foram feitas à média de 230 km/h, com velocidades máximas superiores a 300 km/h.
Os proprietários de veículos da Audi podem até ficar admirados diante de uma obra de arte das pistas, mas – se isso serve de consolo – eles precisam saber que mantêm na garagem de casa um carro com o mesmo nível tecnológico. “A transferência de tecnologia entre os carros de pista e os carros de rua é permanente na Audi. E o sistema FSI é o melhor exemplo disso”, afirma o “chairman” da Audi, Martin Winterkorn, referindo-se à injeção “inteligente” de combustível desenvolvida pela fábrica alemã e usada no motor V8 biturbo vencedor em Le Mans.
