A Zafira contra-atacou com o fechamento automático dos vidros ao travar o carro e o sistema Flex7 dois bancos extras no porta-malas que elevam sua capacidade para sete passageiros. Na verdade, é um 5+2 como nos esportivos, uma vez que um adulto não tem conforto suficiente nesse pequeno espaço. Para completar, a Picasso é a única disponível com sensor de estacionamento.
O espaço interno das minivans agrada ao proprietário e a família, pelos equipamentos voltados para o bem-estar dos passageiros. A Zafira levou a melhor, à frente da Picasso e da Scénic. Em espaço interno, uma certa surpresa. A minivan da Chevrolet mostrou que tem méritos, sobretudo em altura e porta-malas, onde superou as francesas. Mas o Citröen Picasso foi incomparável: ele é o mais largo (8 cm a mais que a Zafira, internamente), tem a posição mais alta de dirigir e os bancos são os mais espaçosos. A Picasso dá "show" pelo interior futurista e pelo exclusivo câmbio seqüencial. Contra ela pesam o pára-brisa avançado e a ausência de conta-giros do painel. A Scénic peca pela posição da direção, mais parecida com a de uma van de carga. De resto, um comportamento mediano. (BN)
OLHO CLÍNICO
Nesse aspecto, a Zafira se destacou das rivais, em especial pela sensação de dirigir semelhante a de um sedã. Mas os bons equipamentos de bordo também contam. Em ergonomia, a Zafira se sobressaiu pelas soluções convencionais que apresenta. Os comandos e botões estão mais organizados e em posições práticas. A Picasso mescla boas idéias, como a alavanca do câmbio no painel e o rádio de fábrica, com soluções discutíveis, caso dos mostradores deslocados para o centro do veículo e dos ajustes incômodos dos bancos. A Scénic compartilha algumas soluções interessantes, porém, seu calcanhar-de-aquiles é a posição do volante, mais horizontal que o normal, além dos botões de acionamento dos vidros, colocados na parte inferior da porta.
A versatilidade é o aspecto principal das minivans. Todas agora vêm com a mesinha de avião atrás dos bancos dianteiros e há uma profusão de porta-trecos, com vantagem para a Picasso. Ao lado da Scénic, elas saem na frente também por terem bancos individuais com ajuste de distância, além do assoalho plano e do banco central que, deitado, pode servir como mesa. Para completar, a Scénic tem uma versão 1.6 , mais barata.
Quanto a desempenho, a Scénic estava isolada graças ao motorzão 2.0 16V de 138 cv. Mas coisa apertou. A Zafira ganhou motor bicombustível que, abastecido com álcool, consegue beirar os 128 cv. A Picasso, por sua vez, conta com motor de 138 cv de potência. Como isso se reflete na prática? A minivan da Citroën é capaz de atingir 198 km/h e ir de 0 a 100 km/h em menos de 10 segundos. Mas o ideal mesmo é fazer um "test-drive" oferecido pelas revendas, antes de comprar a sua minivan. (BN)