Um veículo de duas rodas, com capacidade para duas pessoas, adaptável a pequenas cargas, de fácil manutenção e baixo custo. Com características simples, a motocicleta está conquistando cada vez mais usuários, que estão descobrindo novas utilidades para o seu uso a cada dia.
Segundo dados da Assohonda (Associação Brasileira de Distribuidores Honda), a motocicleta, além de instrumento de locomoção, também já se tornou um instrumento de trabalho eficiente e econômico para diversas profissões que até pouco tempo nem pensavam em utilizá-la. A conseqüência é que enquanto o mercado automobilístico enfrenta crise, o de motos está em plena ascensão.
“Nos últimos anos, a motocicleta foi responsável pela geração de aproximadamente 1 milhão de novos empregos”, ressalta Pedro Cavalcanti Freire, presidente da Assohonda.
Engana-se, porém, quem pensa que a motocicleta só é usada como motofrete. No campo, por exemplo, a moto está substituindo o cavalo. Em várias cidades do interior do Brasil, os fazendeiros optaram por trocar a tradição do uso do animal para percorrer as fazendas pela rapidez do veículo motorizado.
Os usos da motocicleta não param por aí. Restaurantes as usam para fazer “delivery”, o Corpo de Bombeiros, como ferramenta para resgates, além do uso em policiamento, tanto no trânsito como na segurança. Já o Correio é o maior frotista de motocicletas ? 10 mil unidades -, que garantem maior rapidez na entrega de milhares de correspondências diariamente.
O número dos motociclistas também é grande no Nordeste. Em Mossoró (RN), segundo informações do Detran local, existem 16 mil motos cadastradas no município para um total de 15 mil veículos, entre caminhões, utilitários e automóveis.
E há ainda, é claro, aqueles apaixonados por suas motos que as usam pelo prazer de um bom passeio. “Acredito que em 3 anos o número de motocicletas rodando pelo Brasil deverá passar dos atuais 5 milhões para cerca de 7,5 milhões, crescimento impulsionado por suas novas utilidades”, completa Freire.