Áustria quer conhecer produção paranaense de soja convencional

O embaixador da Áustria no Brasil, Werner Brandstetter, enviou ofício ao governador Roberto Requião falando do interesse do país em conhecer a produção paranaense de soja convencional. Segundo Brandstetter, nos dias 12 e 13 de dezembro o ministro da Áustria para Agricultura, Silvicultura, Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Josef Pröll, estará no Paraná e gostaria de conhecer uma plantação de soja não transgênica e a industrialização do grão no Estado.

Na correspondência, Brandstetter informou que o ministro participará em Foz do Iguaçu de um evento da Organização Mundial do Comércio que vai discutir questões agrícolas e do comércio entre a União Européia e o Mercosul e gostaria de aproveitar a visita para conhecer o governador do Paraná e a produção paranaense de soja convencional.

Esta não é a primeira vez que o Paraná recebe comitivas estrangeiras interessadas na produção de soja pura paranaense. Em julho deste ano o governador Roberto Requião recebeu uma missão de chineses da Província de Henan interessada aumentar a importação de soja do Estado. “Acreditamos que a qualidade da soja produzida no Paraná é maior do que a da americana e a argentina”, afirmou Niu Bing Yi, líder da delegação. Atualmente, 500 mil toneladas do grão são compradas por ano do Paraná, mas a Província pretende aumentar a compra para dois milhões de toneladas.

De acordo com Charles Tang, presidente da Câmara de Comércio e Indústria Brasil ? China, a China importou neste ano 15 milhões de toneladas de soja, sendo oito milhões de toneladas de grãos brasileiros. “A China tem potencial para importar até 30 milhões de toneladas de soja. O crescimento da população chinesa é vertiginoso. Em 2001, foram importados 3,1 milhões de toneladas de soja e a compra foi dobrada em apenas dois anos”, disse o presidente.

No mês seguinte, a vice-governadora da Bretanha, Pascale Loget, liderou uma missão francesa que veio ao Paraná conhecer toda a cadeia produtiva da soja convencional. Segundo ela, na Europa a opção paranaense por uma agricultura sustentável é clara é conhecida. “Não foi por acaso que nós viemos ao Paraná. Viemos aqui para manifestar de maneira clara todo o nosso apoio ao Governo. A decisão do governador Roberto Requião foi politicamente corajosa e tecnicamente confiável”, declarou Loget.

A vinda dos franceses ao Paraná culminou com a assinatura de uma declaração de intenções entre os dois Estados para a comercialização de soja convencional. A França importa entre cinco e seis milhões de toneladas de soja brasileira por ano. Segundo Pascale, o país não tem intenção de aumentar a importação, mas direcionar a compra para garantir um produto de maior qualidade, livre de transgênicos.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo