Um clima de tensão tomou conta da reunião da Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara dos Deputados destinada à audiência pública para discutir o problema das elevadas tarifas bancárias. A maioria dos deputados presentes à reunião ficou irritada com a ausência do ministro da Fazenda, Guido Mantega, que foi convidado para participar do debate, mas enviou como substituto o secretário de política econômica. O deputado Ivan Valente (PSol-SP) apresentou uma questão de ordem pedindo o encerramento da sessão. Seu pedido foi apoiado pelo deputado Celso Russomanno (PP-SP) e outros parlamentares, que ameaçaram abandonar a sessão

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O presidente da comissão, deputado Cezar Silvestri (PPS-PR), não acatou a questão de ordem alegando que regimentalmente não era possível fazê-lo. Mas comprometeu-se a colocar na próxima quarta-feira como primeiro item da pauta, requerimento de convocação do ministro Guido Mantega. O requerimento tem a concordância da maior parte dos parlamentares presentes, mas não agrada o governo.

O deputado Beto Albuquerque (PSB-RS), vice-líder do governo, tentou evitar a convocação de Mantega alegando que os parlamentares precisariam participar da audiência pública para avaliar se suas dúvidas em relação à postura do governo na questão das tarifas bancárias não seriam sanadas com as explicações de Appy. Sugeriu ainda que os parlamentares fossem, em data futura, ao Ministério da Fazenda para dirimir eventuais dúvidas.

Beto Albuquerque, no entanto, não conseguiu convencer os deputados Russomanno, Ivan Valente e, tampouco, o presidente Cezar Silvestri, que reiterou a determinação de votar o requerimento de convocação na próxima semana. Embora em tom mais ameno, a discussão sobre a ausência de Mantega continua ainda pontuando a discussão na comissão

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