O reajuste do diesel, de 20,5%, terá grande impacto sobre os custos do transporte rodoviário de cargas, obrigando os transportadores a repassar para o preço do frete esse aumento, bem como os reajustes de outros insumos. O impacto do aumento do combustível foi um dos principais assuntos tratados na reunião do Conselho Nacional de Estudos de Transportes e Tarifas (Conet), órgão da Associação Nacional do Transporte de Cargas (NTC), realizada em São Paulo, na quinta-feira (07/11). O presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas no Estado do Paraná (Setcepar), Rui Cichela, participou do encontro em que estiveram presentes mais de cem empresários e lideranças do setor. O repasse dos sucessivos aumentos para o frete não será inferior a 15,58%, prevê a NTC, baseada em estudos próprios.

Estudos técnicos do Departamento de Custos Operacionais (Decope) da NTC constataram que, nos últimos nove meses, o preço do diesel subiu 53,22% nas refinarias (cinco aumentos) e o do óleo lubrificante, 32,01%; o caminhão pesado ficou 20,57% mais caro, os semi-reboques subiram 12,24%, e o terceiro eixo 13,91%; o pneu 1100×22 subiu 10,15% e os serviços de recauchutagem, 13,63%; os salários foram majorados, na média, em 8,30%; e os seguros também tiveram fortes correções, pelo aumento do roubo de cargas (sinistralidade).

O Decope apurou que, para a carga seca, na média distância (800 km) ? só para cobrir os aumentos de custo mencionados, sem considerar outras defasagens ? será necessária uma correção imediata dos preços praticados pelas empresas de transporte, compreendendo aí todos os componentes tarifários, de 15,61%, em se tratando de lotações ou cargas completas, e de 11,58% para os serviços de transporte de carga fracionada.

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