A queda do Produto Interno Bruto (PIB) no terceiro trimestre só não foi pior por causa do aumento do crédito, o que permitiu o crescimento de 0,8% no consumo das famílias, avalia o economista Miguel José Ribeiro de Oliveira, vice-presidente da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac).

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"Se não fosse o consumo das famílias, a queda teria sido muito mais violenta. De um lado, não houve recomposição de renda, mas houve a facilidade do crédito, sobretudo do crédito consignado (financiamento com débito em folha de pagamento), que cresceu 80% neste ano. Além disso, os prazos de financiamento vêm se ampliando. Prazos mais longos e prestações menores permitem que as famílias gastem mais", afirmou.

Segundo relatório do Banco Central, em outubro as operações de crédito aumentaram 2% e totalizaram R$ 575,620 bilhões, o que corresponde a 30% do PIB ? a soma de todas as riquezas produzidas no país nos últimos 12 meses.

Os números do PIB foram divulgados hoje (30) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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