O crescimento nas vendas do comércio varejista em setembro refletiu especialmente o aumento do rendimento, mas também teve impacto do aumento das importações e do crédito, segundo avalia Reinaldo Pereira, técnico da coordenação de serviços e comércio do IBGE. Ele explica que o segmento de hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, com crescimento de 11,04% nas vendas em setembro ante igual mês do ano passado, foi responsável por mais da metade da elevação de 10,10% nas vendas do varejo nessa base de comparação.

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Além disso, o câmbio, com efeito nas importações de componentes e produtos acabados, influenciou os crescimentos nas vendas de segmentos como tecidos, vestuário e calçados; móveis e eletrodomésticos; equipamentos de informática e outros artigos de uso pessoal e doméstico.

Segundo Pereira, a continuidade da expansão do crédito também teve impacto positivo nos resultados do varejo. Em resumo, segundo ele, os resultados de setembro "podem ser explicados pela melhoria no nível de renda, estabilidade no emprego, aumento das importações e continuidade do crédito, que achávamos que tinha chegado ao limite". Segundo ele, a tendência do comércio varejista é de crescimento nas vendas. "Com as vendas de final de ano, é muito difícil a tendência de crescimento nas vendas se reverter", afirmou.

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