Brasília (AE) – Depois de mais uma queda-de-braço entre as áreas econômica e militar, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu hoje encaminhar ao Congresso projeto de lei concedendo às Forças Armadas a primeira parte da promessa de aumento, de 13%, que entra em vigor hoje, primeiro de outubro.

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A segunda etapa, de 10%, que começa a ser paga em primeiro de agosto de 2006, não foi incluída na proposta porque a área econômica considera que, se pagar essas duas etapas como foi acertado com o governo em 18 de agosto passado, com endosso do presidente da República, os militares receberiam mais do que os 23% previstos inicialmente.

O Ministério do Planejamento quer que a segunda etapa seja de apenas 8%, o que foi rejeitado pelo vice-presidente e ministro da Defesa, José Alencar.

O ministro avisou à equipe econômica que "não aceita nem um centavo a menos". Caso o projeto de lei não seja aprovado até o fim do mês de outubro, o governo terá de transformá-lo em medida provisória, para tornar possível o pagamento do aumento no início de novembro.

Negociação

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O reajuste em duas etapas foi autorizado no começo de agosto pelo presidente Lula, depois de mais de oito meses de negociação, insatisfação nos quartéis e muitos protestos. As mulheres dos militares chegaram até a acampar na Esplanada dos Ministérios, em Brasília.

Os militares queriam os 23% de imediato, mas acabaram, na época, concordando com o aumento em duas etapas.

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