Rio de Janeiro – As regiões Norte e Nordeste aumentaram sua participação na economia brasileira em 2004 em relação a 2003, segundo o levantamento de Contas Regionais, divulgado nesta quinta-feira (16) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

continua após a publicidade

A participação da região Norte no Produto Interno Bruto (PIB, a soma de todas as riquezas produzidas por um país) brasileiro passou de 5% para 5,3%, percentual recorde desde que o IBGE passou a analisar os dados, em 1985.

O Amazonas – que teve o maior crescimento econômico entre todos os estados brasileiros, com 11,5% – e o Pará tiveram bom desempenho na indústria e na agropecuária e contribuíram para o aumento da participação da região norte no PIB nacional.

O crescimento do Amazonas, segundo o estudo, deveu-se, principalmente, à Zona Franca de Manaus, enquanto o do Pará é fruto de investimentos na área de energia e da expansão da fronteira agrícola.

continua após a publicidade

A participação da Região Nordeste no PIB passou de 13,8%, em 2003, para 14,1%, em 2004. O resultado foi influenciado em grande parte pelo crescimento de 9,6% da economia baiana, que se destacou com a soja, o algodão, o refino de petróleo e a produção de automóveis. A região só teve participação igual no PIB nos anos de 1985 e 1986.

Segundo o gerente de Contas Regionais do IBGE, Frederico Cunha, o resultado mostra que as riquezas brasileiras estão menos concentradas nas regiões Sul e Sudeste do que há alguns anos.

continua após a publicidade

?Há uma série de motivos para isso, como a existência de grandes projetos, como a Suframa [Superintendência da Zona Franca de Manaus] e a Sudene [do Nordeste], que incentivam o desenvolvimento desses estados. Além disso, há uma série de incentivos para novas plantas industriais e uma guerra fiscal?.

Apesar disso, juntas, as regiões Sul e Sudeste ainda concentram 73% das riquezas produzidas no país, principalmente os estados de Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro, que têm os maiores PIBs do Brasil.