Brasília – Neste ano, mais de 2.800 pessoas já foram libertadas do local onde trabalhavam em regime semelhante ao de escravidão. Segundo o Ministério do Trabalho e Emprego, 180 fazendas foram fiscalizadas e mais de R$ 5,5 milhões foram pagos em indenizações aos trabalhadores.

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No Cadastro dos Empregadores que exploram mão-de-obra escrava, que o ministério elabora todos os anos, foram incluídas em 2006 mais 52 empresas, totalizando 204. O cadastro é utilizado pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) para fins de desapropriação dessas áreas e pelo Instituto Brasileiro de Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para verificação de crimes ambientais. As pessoas físicas e jurídicas que estão na lista também ficam impedidas de obter financiamento em bancos e instituições públicas de crédito.

A secretária de Inspeção do Trabalho do ministério, Ruth Beatriz Vilela, explica de o trabalho escravo "atinge principalmente a liberdade do trabalhador: a pessoa entra numa suposta relação de trabalho enganada pelas falsas promessas e não consegue se desvincular devido à prisão por dívida?.

O perfil dos trabalhadores libertados da condição de escravos é o de homens entre 20 e 30 anos, que exercem funções em atividades agrícolas, pecuárias e em carvoarias. O problema ocorre mais nos estados do Pará, Mato Grosso, Tocantins, Maranhão, Piauí, Bahia e Rondônia, aponta o ministério.

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