O governo estadual está aumentando para 425 o número de bolsas destinadas aos alunos que ingressam nas universidades públicas pelo sistema de cotas. De acordo com a chamada pública da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior/Fundação Araucária, os recursos para esse programa somam R$ 1,2 milhão.
Os bolsistas receberão R$ 241,50 mensais durante doze meses. Eles deverão atuar em projetos de pesquisa ou de extensão universitária relacionados com a área de conhecimento do seu curso. Será dada prioridade aos projetos com maior capacidade de retorno social. Os professores orientadores deverão ser ou doutores ou mestres e também estar vinculados a projetos de pesquisa ou de extensão.
Esses e outros critérios do ?Programa de Apoio a Ações Afirmativas para Inclusão Social em Atividades de Pesquisa e Extensão Universitária? foi anunciado nesta quarta (12), na Universidade Estadual de Londrina (UEL) pela secretária de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Lygia Pupatto, na Sala dos Conselhos.
No Paraná, a UEL foi a primeira instituição estadual de ensino superior a implantar o sistema de cotas. Em 2004, uma resolução interna reservou até 40% do total de vagas para alunos oriundos da escola pública. Dessa forma, ingressaram no vestibular de 2005 da UEL 1.214 alunos, 120 dos quais foram selecionados pelo Serviço de Bem Estar à Comunidade para receber a bolsa. Para 2006, a previsão é de 1067 vagas.
Segundo a presidente do Comitê de Cotas da UEL, professora Maria de Fátima Guimarães, as bolsas são importantes porque possibilitam a entrada do aluno cotista no mundo da pesquisa científica e da extensão universitárias. ?Também contribuem para a sua permanência na universidade?, acrescenta. Em maio deste ano, informa, será realizado um seminário com os alunos cotistas, professores orientadores e representantes da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior. O objetivo é avaliar a experiência vivida durante o primeiro ano de implantação do programa.