Arquivo / O Estado

Já são sete pontos próprios para
banho, no litoral do Estado.

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Subiu para sete o número de pontos próprios para banho no litoral paranaense de acordo com o último boletim de balneabilidade divulgado nesta quarta-feira (25) pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP). O instituto monitora 37 pontos considerados sujeitos a contaminação nas praias. Na semana anterior os resultados das análises indicavam apenas dois pontos próprios para banho nas praias do Paraná.

De acordo com as análises divulgadas pelo IAP, houve melhora em cinco pontos localizados 30 metros à esquerda do rio, na praia do Farol na Ilha do Mel; próximo à Rua Sergipe, no balneário Ipanema; em frente à Associação Banestado, em Praia de Leste; próximo à Rua Padre Osvaldo Gomes, no balneário Gaivotas; e na Rua Marechal Deodoro, no balneário Brejatuba em Guaratuba. Outros dois pontos (100 metros à esquerda do rio Saí-Guaçu, em Barra do Saí, e à esquerda do Morro do Cristo, em Guaratuba) mantiveram-se próprios para banho.

Os treze novos pontos onde é feito o monitoramento da qualidade da água ainda não constam no boletim. De acordo com o presidente do IAP, Rasca Rodrigues, somente após cinco coletas de água pode ser emitida uma análise conclusiva.

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Monitoramento 

O monitoramento do IAP é voltado para os locais com maior risco de contaminação, mas a sinalização indicando a partir de qual ponto o local torna-se próprio para banho será a partir desta semana. Os pontos de monitoramento do IAP não representam toda a praia, mas apenas 100 metros à direita e a esquerda dos locais de coleta.

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O diretor de Estudos e Padrões Ambientais do IAP, Celso Bittencourt, explicou que o instituto orienta a população para evitar entrar na água próximo a rios, canais e galerias pluviais. ?Nos locais onde não existem rios e canais, mas a análise determinou que ele é considerado impróprio, a distância segura é de 100 metros à esquerda e 100 metros à direita da placa de sinalização?, disse. ?Nas proximidades dos rios Caiobá e Brejatuba as áreas de menor risco ficam aproximadamente a 150 metros da sinalização. Já no Rio Matinhos a distância aumenta para 200 metros e no Rio Olho d?Água, que é de menor porte passa a ser próprio 100 metros após a sinalização?, detalhou Celso.

A diretoria de Estudos e Padrões Ambientais do IAP, responsável pelo monitoramento da qualidade da água do mar, esteve reunida com os oficiais do Corpo de Bombeiros para explicar como é realizada a análise e as doenças que podem ser transmitidas em águas poluídas. Os 400 salva-vidas que estão no litoral, trabalhando em 96 postos, irão ajudar na orientação aos banhistas para que não entrem em locais considerados impróprios para banho. ?A balneabilidade será incluída juntamente às orientações dos guarda-vidas quanto aos perigos do mar?, informou o tenente do Corpo de Bombeiros, Leonardo Mendes Junior.

Esgoto 

Um dos principais fatores que estão influenciando na queda da qualidade da água em alguns pontos do Litoral é a emissão irregular de esgoto. ?Muitos proprietários usam meios clandestinos e prejudiciais ao meio ambiente para fazer a ligação de esgoto. O nosso foco agora é eliminar estas ligações irregulares?, afirmou o secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Luiz Eduardo Cheida.

Para solucionar o problema, a Sanepar e o IAP estão notificando os proprietários de imóveis localizados próximos às margens dos rios Matinhos, Caiobá e da Onça e que emitem esgoto diretamente nos rios. Cerca de 86 residências já foram vistoriadas e o prazo para regularização e construção de fossas é de cinco dias. Caso o prazo não seja cumprido os proprietários podem ser multados em R$1.500,00.

?Em Guaratuba, por exemplo, está em funcionamento a nova estação de tratamento da Sanepar e das 1.346 ligações que já poderiam ter sido feitas a rede, apenas 37 foram executadas. Não podemos permitir uma ação destas que influência diretamente na qualidade das nossas praias?, explicou o presidente do IAP, Rasca Rodrigues.