Auditores fiscais da Receita Federal paralisaram as atividades hoje (8) em todas as delegacias sindicais do País e fazem operação-padrão nos portos, aeroportos e alfândegas, liberando só o que tem caráter de urgência, como cargas perecíveis, medicamentos, animais vivos e materiais explosivos. A paralisação continua hoje e, dizem os auditores, é uma "greve de advertência" contra a criação da Receita Federal do Brasil, a Super-Receita.
Eles discordam do compartilhamento de suas atividades com as dos técnicos da Receita Federal, de nível médio. Alegam que a progressão funcional dos técnicos afeta seus direitos, já que exercem funções de nível superior e foram selecionados em concurso público.
"Temos de barrar as tentativas de avanço sobre as atribuições do cargo de auditor fiscal da Receita e demonstrar claramente que não aceitaremos soluções disfarçadas que atinjam nossas atribuições ou o princípio da hierarquia entre os cargos dentro da instituição", disse o presidente do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal, Carlos André Nogueira.
Os auditores criticam o modo como a fusão das duas entidades – a Secretaria da Receita Federal e a da Receita Previdenciária – está sendo conduzida. Segundo Nogueira, elas têm estruturas, culturas e formas de trabalho diferentes no que se refere à fiscalização e à arrecadação.