Os auditores fiscais da Receita Federal realizam nesta manhã uma manifestação em frente ao Ministério da Fazenda, cobrando do governo uma nova política salarial para a categoria. O objetivo do ato de hoje é fazer com que o ministro Guido Mantega – que não está no edifício sede do ministério, porque participa de audiência pública na Câmara dos Deputados – entre de forma efetiva nas negociações entre a categoria e o governo.

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Segundo o presidente da Unafisco, o sindicato dos auditores fiscais, Carlos André Nogueira, Mantega se comprometeu na semana passada a participar das negociações, mas se limitou a intermediar uma reunião, realizada ontem, com o ministério do Planejamento e a Receita Federal

Nogueira disse que nessa reunião o governo não negociou, apenas pediu 15 dias para analisar as reivindicações. "Dessa forma, o governo quer nos pressionar a aceitar qualquer acordo, porque a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) impede a concessão de aumentos salariais após 30 de junho", afirmou Nogueira

Os auditores querem mais que dobrar o piso salarial da categoria passando de R$ 7,5 mil para R$ 16 mil. Reivindicam também uma menor distância entre as faixas salariais da categoria e que o teto salte de R$ 10 mil para R$ 20 mil. "Evidente que nós entendemos que não dá para fazer isso de uma vez. Mas nós queremos negociar. Nosso trabalho tem produzido grandes resultados para o governo, verificados no aumento da arrecadação e no combate à sonegação. É preciso que haja reconhecimento", afirmou Nogueira.

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A greve dos auditores vai completar amanhã um mês. Segundo a Unafisco, a adesão está em torno de 70%. "E o movimento continua crescendo", afirmou Nogueira, lembrando que o próprio ministro Mantega admitiu para os auditores estar sendo pressionado pelo empresariado para solucionar o problema da greve que afeta os embarques e desembarques de mercadorias no comércio exterior. "Mantega disse também que o ministro (do Desenvolvimento, Luiz Fernando) Furlan está preocupado com os efeito da greve na Balança Comercial", disse.

Para o sindicalista, a ausência de Mantega do ministério no momento da manifestação não é problema. "O importante é a demonstração e certamente ele saberá o que ocorreu", afirmou.

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