Uma ação civil pública contra cláusulas abusivas existentes nos financiamentos imobiliários será discutida em audiência pública nesta terça-feira (03/08), às 14 horas, na sede da vara federal do Sistema Financeiro da Habitação (SFH). O propósito  da discussão é avaliar se  as práticas adotadas pelos bancos prejudicam os mutuários que fecharam contratos  de compra de imóveis não cobertos pelo Fundo de Compensação e Variação Salarial (FCVS). 

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Associações e instituições de defesa do consumidor de Curitiba  e representantes dos agentes financeiros participarão da  audiência pública.  A Associação Nacional dos Mutuários (ANM-PR) estará representando os mutuários  no evento com a proposta de denunciar os abusos praticados pelos agentes financeiros. Os bancos  citados na ação são Caixa Econômica Federal (CEF), Banco Bradesco, Banco Itaú e Banco Banestado (Itaú) também enviarão representantes.

De acordo com o presidente da entidade, Luiz Alberto Copetti, 12  mil contratos deverão ser beneficiados se a decisão da vara federal for favorável à ação. ?A estatística da ANM é de que  mais de 90% dos contratos estão em desacordo com a legislação, com reajustes indevidos na prestação e no saldo devedor?, explica Copetti.

O presidente da ANM destaca que uma das causas dos reajustes indevidos feitos pelos bancos nos contratos de financiamento imobiliário é o uso da Tabela Price, que é alvo da ação civil. O método capitaliza os juros estipulados nos contratos, o que proibido por lei no país. O cálculo do financiamento com base na Tabela Price  impede que a dívida assumida pelo mutuário seja amortizada ao longo do contrato, tornando-se impagável. Em alguns casos acompanhados pela ANM, o mutuário chegou a pagar até cinco vezes o valor inicial do financiamento, sem quitar a dívida com o agente financeiro.

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