O governo teve que aceitar as pressões da oposição e aprovar na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) uma audiência conjunta com o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, e do Banco do Brasil, Cássio Casseb, com a Comissão de Fiscalização e Controle do Senado. Apesar das intenções anunciadas pela líder do PT, Ideli Salvatti (SC), de tentar evitar a discussão desse assunto na CAE, a base aliada não conseguiu reunir os votos suficientes para derrotar os requerimentos do líder do PFL, José Agripino (RN), e do senador Sérgio Guerra (PSDB-PE).
O vice-líder do governo Ney Suassuna (PMDB-PB) admitiu que numa votação o governo perderia por 10 a 9. Embora o governo ainda tenha em mãos a possibilidade de adiar indefinidamente a data da presença dos dois presidentes, o líder do governo no Senado, Aloizio Mercadante (PT-SP), admitia logo após a votação dos requerimentos que é atribuição regimental da CAE fazer a audiência já que é esta comissão que aprova os nomes dos indicados para o cargo de presidente do Banco Central.
Mercadante disse ainda que o acordo para a audiência conjunta incluiu a abertura das negociações para a votação do projeto que institui a Parceria Público-Privada (PPP), retomada à tarde com a reunião do ministro da Coordenação Política, Aldo Rebelo, com os líderes da oposição no Senado. O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) chegou a divulgar a possibilidade de Casseb e Meirelles só comparecerem ao Senado depois das eleições.
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