Apesar de terem sido indicados há um mês e meio, quatro relatores das medidas provisórias (MPs) do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) não concluíram seus pareceres. Por causa disso, o plenário da Câmara está parado, sem poder votar mais, já que as MPs estão trancando a pauta do plenário desde o dia 19 de março. Enquanto não forem apreciadas essas medidas provisórias, que estão com prazo constitucional de votação vencido, nenhuma outra matéria pode ser votada.

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"Alguns relatores estão lentos, com certeza", afirmou o presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP). Estão aguardando pareceres as seguintes medidas provisórias: a de número 349, que cria o fundo de investimento do FGTS para empreendimentos nos setores de infra-estrutura; a MP 351 que cria o Regime Especial de Incentivos ao Desenvolvimento de Infra-Estrutura (Reidi); a MP 352, que trata de incentivos às indústrias de equipamentos para TV Digital; e a MP 340, que, depois de editada, foi incluída no PAC, e trata do fundo de financiamento para o estudante, o chamado Prouni.

Todos os relatores que não entregaram seus pareceres pertencem a partidos da própria base governista. O relator da MP 349 é o deputado Wilson Santiago (PMDB-PB), o da MP 351, o deputado Odair Cunha (PT-MG), o da MP 352, deputado Átila Lins (PMDB-AM), e o da MP 340, Jilmar Tatto (PT-SP).

A única MP cujo relator era de partido de oposição, a MP 347, foi votada hoje em sessão da Câmara pela manhã. A medida autoriza a Caixa Econômica Federal a conceder crédito de R$ 5,2 bilhões de recursos para serem aplicados em infra-estrutura e foi relatada pelo deputado do DEM (ex-PFL), Fernando de Fabinho. As MPs do PAC – o programa considerado carro-chefe do segundo mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva – foram editadas em 22 de janeiro.

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