A manifestação contra a demora no julgamento dos acusados pela chacina de Unaí, ocorrida há três anos, reuniu ontem cerca de 200 pessoas, entre parentes das vítimas e fiscais do trabalho. Eles participaram de uma cerimônia religiosa ecumênica no local onde os assassinatos foram cometidos, na zona rural de Unaí. Depois, seguiram até o centro da cidade.

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Os manifestantes cobraram que o julgamento dos nove envolvidos no crime seja marcado imediatamente e que ocorra ainda este ano. Elba Soares, viúva do fiscal assassinado Nelson José da Silva, disse que os parentes não desistirão de lutar enquanto os responsáveis não forem condenados.

Nelson foi morto junto com os colegas Eratóstenes de Almeida Gonçalves e João Batista Lage, além do motorista Aílton Pereira de Oliveira. O crime foi em 28 de janeiro de 2004.

Dos oito investigados por acusação de envolvimento com o crime, quatro estão em liberdade. Entre eles Antério Mânica, prefeito de Unaí, e o irmão, Norberto Mânica, dois dos maiores produtores de feijão do País. Eles são apontados como mandantes da chacina e estão em liberdade. Na cadeia, apenas os supostos executores: Erinaldo de Vasconcelos Silva, Rogério Alan e William Gomes de Miranda, além do caseiro Francisco Élder Pinheiro, intermediário.

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