O Palmeiras até apresentou a aplicação desejada por Emerson Leão, mas não foi suficiente para evitar vexame e a goleada, por 4 a 0, para o Atlético-PR, neste domingo à noite, na Arena da Baixada, em Curitiba. O técnico escalou três zagueiros (Gláuber, Daniel e Gamarra) e ainda colocou o volante Alceu no lugar de Cristian. No fim, o que se viu foi um time limitado, sem criatividade e frágil na marcação. O Atlético, ao contrário, era firme na marcação e saia com muita velocidade em contra-ataque.
O Palmeiras segue com 58 pontos e a cada rodada diminui a chance de obter uma vaga na Taça Libertadores. Agora, está seis pontos atrás do Goiás (64), o 4º colocado e por enquanto na repescagem. O Atlético-PR chega a 54 e briga por lugar na Copa Sul-Americana.
Desde os primeiros instantes do jogo ficou evidente que o reforço no setor defensivo não surtiu o efeito desejado por Leão. O que se viu foi pressão muito grande do Atlético. Os zagueiros Gláuber, Gamarra e Daniel mostravam desentrosamento. Aos oito minutos, após falha de Alceu, Lima surgiu livre para chutar firme e abrir o placar.
Naquele momento, o Palmeiras não se abateu e buscou o ataque. Marcinho e Juninho corriam muito e tinham em Gioino uma referência na área paranaense. Aos 13, em grande triangulação, Marcinho errou o alvo.
Mas os buracos na defesa palmeirense eram muito grandes. Aos 18, Finazzi lançou Lima nas costas de Gláuber. O artilheiro ganhou na corrida e chutou cruzado sem chances para Marcos: 2 a 0, sem muito esforço.
Com a vantagem no placar, o Atlético passou a jogar nos contra-ataques. Com uma marcação mais forte sobre Juninho e Marcinho, o time paranaense deixava a armação das jogadas para os zagueiros Daniel e Gláuber, que, invariavelmente, erravam nos passes. O Palmeiras até conseguia finalizar de longe, mas não acertava o gol de Tiago Cardoso.
Se na frente faltava qualidade, atrás sobrava desorganização, a ponto de o goleiro Marcos cobrar do zagueiro Gamarra melhor colocação da defesa. Finazzi, por exemplo, perdeu duas grandes chances para definir o logo o resultado, porque tem grande dificuldade para chutar com o pé esquerdo.
No segundo tempo, o Palmeiras voltou um pouco melhor e quase diminuiu. Marcinho e Correa ameaçaram em duas cobranças de falta. Mas foi só. A equipe parecia abatida. Com 15 minutos, Leão substituiu Gláuber e Gioino por Pedrinho e Warley, e deixou o time mais ofensivo. Mas não deu sorte. Em seu primeiro lance, Warley perdeu a posse de bola e deixou caminho livre para Denis Marques fazer o terceiro do Atlético-PR, aos 21 minutos.
Desesperado e desordenado, o Palmeiras foi ao ataque, correndo o risco de passar por um vexame. Que veio. Cristian, Ferreira e Denis Marques quase aumentaram. Mas coube a Finazzi, aos 42, depois de perder várias oportunidades, marcar o quarto gol paranaense, aproveitando uma rebatida de Marcos.
O fim do jogo foi dramático para o Palmeiras. Os jogadores, que antes reclamavam do juiz ou discutiam entre si, estavam de cabeça baixa. Só Marcos ainda tinha fôlego para chamar a atenção da defesa.