A festa pelo desembarque da delegação paraolímpica brasileira, nesta sexta-feira, no Aeroporto Internacional Antônio Carlos Jobim, no Rio, foi proporcional à marca inédita obtida pela equipe em Atenas: conquistou 33 medalhas, 14 de ouro, 12 de prata e 7 de bronze. Ao som de uma banda animada, torcedores e parentes recepcionaram os atletas com entusiasmo.

A carreata, que percorreu algumas ruas e avenidas do Rio foi saudada com papéis picados, jogados dos prédios no centro da cidade, faixas e ‘buzinaços’. Na Vila Olímpica da Favela da Maré, área marcada pela violência urbana, garotos entre 10 e 13 anos abandonaram uma partida de futebol, num campo de barro, para homenagear os atletas.

Medalhista de prata em Atenas, a judoca Karla Cardoso explicou, emocionada, qual a principal importância do bom desempenho dos brasileiros nos Jogos Paraolímpicos para o desenvolvimento do esporte no País. “É a principal chave de entrada para quem tem deficiência visual e motora. Em Sydney, a delegação era composta por 64 atletas. Em Atenas, 98. Quem sabe em Pequim, na China, em 2008, não vamos aumentar esse número?”, afirmou.

O judoca Antônio Tenório tem um carreira marcada por conquistas. Ele já participou de três paraolimpíadas e obteve três medalhas de ouro. Nesta sexta-feira, afirmou estar satisfeito com o investimento no esporte oriundo da Lei Piva e de empresas privadas, mas quer mais para os Jogos de Pequim.

“Precisamos também do incentivo fiscal, que vai ser aprovado pelo presidente da República “, declarou.
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