Atletas não estão livres de doenças cardíacas

Praticar exercícios físicos previne doenças, melhora o funcionamento do corpo e aumenta a auto-estima. Quem pratica esportes está livre de complicações de saúde, principalmente do coração, correto? Infelizmente não. Mesmo pessoas consideradas ?exemplos de saúde?, que praticam atividades físicas regularmente ou atletas não estão livres de desenvolverem doenças cardíacas.

Os atletas, inclusive, podem já apresentar alguma cardiopatia desde o período do nascimento, que é desconhecida devido a falta de sintomas. E, nessas situações, estão mais suscetíveis a alguns tipos de complicações precipitados pelo esforço físico. A chamada ?morte súbita?, que frequentemente tem origem cardíaca, costuma aterrorizar os esportistas.

O cardiologista da Quanta Diagnóstico Nuclear, Dr. João Vítola explica que um atleta profissional, principalmente jogador de futebol, exige muito do coração. ?Com o treinamento físico, o coração sofre uma série de alterações fisiológicas adaptativas, como o aumento da espessura do músculo do coração e do tamanho da cavidade cardíaca?, exemplifica.

Dentro deste contexto de exigências e adaptações, tudo tem que estar funcionando perfeitamente e qualquer pequena alteração precisa ser investigada a fundo. Um exemplo são as anomalias das artérias coronárias, que podem ocasionar um fluxo insuficiente de sangue ao coração, durante períodos de esforço, podendo levar a ?morte súbita?.

Outro exemplo é uma hipertrofia exagerada do músculo cardíaco, que tem origem na própria genética do individuo, que pode deixar o coração propenso a arritmias e, durante um esforço, causar a parada cardíaca. Além disso, durante uma atividade física, jovens com doença aterosclerótica avançada e precoce podem ter um infarto causado pelo rompimento de uma placa de gordura de uma artéria coronária.

Para tentar evitar a ?morte súbita? por causas cardíacas, o atleta deve manter hábitos saudáveis, com dieta adequada, não fumar e não usar hormônios anabolizantes para aumento de performance, além de fazer regularmente exames cardiológicos. A maior incidência de morte relacionada ao esporte se dá durante o esforço ou até duas horas após seu término. ?A avaliação cardiológica completa feita regularmente é a melhor maneira de prevenir esses problemas. A consulta médica e a realização de exames diagnósticos complementares garantem ao atleta maior segurança?, ressalta Dr. João Vítola. 

Os exames cardiológicos básicos incluem eletrocardiograma, teste de esforço e ecocardiograma. De acordo com o caso, eventualmente outros diagnósticos mais específicos podem ser necessários para melhor identificar o grau de risco do cardíaco.

O cardiologista explica que a freqüência desses check-ups depende do risco cardíaco desse indivíduo e de seus fatores de risco. Uma forma de avaliar o risco de morte ou infarto ocasionado pela doença cardíaca é fazer uma cintilografia de perfusão miocárdica, um exame da Medicina Nuclear. "Uma investigação rigorosa da doença pode ser um grande auxiliar para o tratamento e para a prevenção de problemas cardíacos antes que eles ocorram", explica o cardiologista nuclear da Quanta Diagnóstico Nuclear, Dr. João Vítola, que faz o acompanhamento cardiológico nuclear de diversos atletas.

O exame, que costuma ser solicitado apenas pelo cardiologista, atua como um estratificador de risco, identificando as áreas do coração que estão recebendo fluxo sangüíneo insuficiente, em repouso ou durante o esforço. De acordo com o médico, o resultado do exame pode ser decisivo para encaminhar o atleta para o tratamento necessário.

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