Segundo ele, esta data não é para pedir que outras pessoas também doem sangue, mas para homenagear aquelas que comparecem voluntariamente durante o ano para fazer este gesto de solidariedade. ?Doar algo tão precioso como o sangue é um gesto de solidariedade muito mais importante do que dar qualquer outro presente?, explica o diretor do Hemepar, Wilmar Guimarães.
Durante a homenagem aos doadores de sangue na Boca Maldita, estará presente a Banda da Polícia Militar, o coral da Copel e um grupo de alunos do Colégio Estadual Santos Dumont, do Grupo Fera da Secretaria de Estado da Educação. Uma paciente com talassemia lerá uma carta de agradecimento aos doadores e dois hemofílicos com suas respectivas bandas apresentarão vários números musicais.
Segundo dados do Hemepar, houve em 2005 114.632 candidatos à doação na Rede Hemepar, o que corresponde a 1,1% da população do Estado. Somando estes números com os dos bancos particulares, os candidatos à doação de sangue no Paraná chegam a 2,5%. Para a Organização Mundial da Saúde, o número ideal deveria estar entre 3 e 5%. Ainda em 2005, foram coletadas 90.837 bolsas e produzidos 222.104 hemocomponentes. Só o Hemepar atendeu 33.793 pacientes e realizou 106.033 transfusões no Paraná inteiro.
A rede de coleta de sangue no Paraná conta com um abrangente sistema de centros de coleta. Existe uma central, o Hemepar, localizado em Curitiba, e no interior do Estado três hemocentros, sete hemonúcleos e 13 unidades de coleta e transfusão.
O Hemepar é o centro de referência em hematologia e hemoterapia no Paraná. Tem como objetivo melhorar cada vez mais a qualidade das transfusões de sangue realizadas. ?Como atendemos pacientes portadores de doenças hematológicas congênitas, como a talassemia, a anemia falciforme, renais crônicos, entre outras, que necessitam de transfusões constantes, os cuidados devem ser ainda maiores?, afirma a assistente social do centro, Nely Maria Coimbra Moura.
?O grande número de transfusões que esses pacientes necessitam, recebendo sangue com características diferentes, pode acarretar a formação de anticorpos no organismo, provocando reações alérgicas e outros transtornos. É como se o organismo rejeitasse o sangue. Para prevenir e evitar essa situação, o Hemepar coloca à disposição desses pacientes sangue fenotipado, isto é, sangue com o maior número de características iguais entre o paciente e o doador?, declara o médico hematologista Giorgio Baldanzi, do Hemepar.
Orientações da Secretaria da Saúde:
Doar sangue não afina nem engrossa o sangue, não engorda nem emagrece, não vicia e faz bem para a consciência.
O doador precisa ter entre 18 e 65 anos, estar com boa saúde, pesar mais de 50kg, não estar de jejum e levar um documento de identidade.
Todo material utilizado na coleta de sangue é descartável. Ao doar sangue, o doador vai ser orientado e acompanhado por profissionais de saúde experientes.
Quando for doar sangue, o doador precisa responder com responsabilidade e sinceridade às perguntas durante a entrevista. O sangue seguro começa com doador consciente do seu ato de doar sangue. Esta atitude do doador é fundamental para minimizar o risco de transmissão de doenças pelo sangue.
O intervalo mínimo entre as doações, para os homens, é de 60 dias e no máximo quatro vezes ao ano. Para as mulheres, é de 90 dias e no máximo três vezes ao ano.