O Banco Central avalia que a atividade econômica deverá se recuperar nos próximos meses e continuar em expansão. A avaliação consta na ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) divulgada hoje pelo BC. Segundo os diretores do BC, a expansão da atividade econômica continuará em ritmo condizente com as condições de oferta, de modo a não resultar em pressões significativas sobre a inflação.

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Na ata, eles prevêem, no entanto, que os indicadores antecedentes apontam queda da atividade industrial em outubro. "Desde junho, as taxas de crescimento alternam sinais positivos e negativos, mas, de modo geral, a produção industrial vem se mantendo em níveis elevados, mesmo com a queda registrada em setembro. Com os dados do PIB divulgados ontem pelo IBGE, a ata acabou ficou defasada quando afirma que o resultado da produção industrial no terceiro trimestre (queda de 0,7%) sugeria uma desaceleração do crescimento econômico nesse período. O BC espera, no entanto, que depois dessa queda se seguirá um trimestre de crescimento vigoroso da atividade econômica.

"Os indicadores da indústria não evoluíram em compasso com os indicadores de vendas, de emprego e de investimento, o que sugere a importância de um ajuste de estoques nos setor industrial na determinação dos resultados recentes", destacam os diretores do BC. Esse cenário antecipa que a indústria volte a apresentar tendência de crescimento nos próximos meses, com reflexos positivos sobre a atividade econômica.

Eles avaliam também no documento que, apesar da volatilidade que continua sendo observada nos mercados internacionais, o cenário externo permanece favorável, principalmente em relação às perspectivas de financiamento para a economia brasileira. Dessa forma, destacam eles, um cenário benigno para a evolução da inflação continua se configurando.

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