São Paulo – O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, qualificou hoje (28) como "atitude que não constrói" a decisão do governo boliviano de pedir a retirada da EBX Siderúrgica do país. A Bolívia considera também a possibilidade de estatizar ativos estrangeiros. Furlan afirmou que as autoridades brasileiras continuam a dialogar com o governo boliviano e que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o Itamaraty responderão as questionamentos sobre que atitudes serão tomadas em relação à Bolívia.
O ministro, que esteve na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), disse que o governo boliviano foi eleito há poucos meses, ressaltou que esta atitude é única e nenhum outro país da região adota tal posição contra investimentos estrangeiros. "O comportamento da Bolívia não vai afetar as intenções de empresários brasileiros de investirem no exterior", afirmou, lembrando que o governo estimula o setor privado a operar no exterior.
Banco Central
Furlan negou que existam divergências entre o Banco Central e o Ministério da Fazenda sobre o ritmo dos cortes da Selic. "Não há divergências públicas. Todos somos membros da mesma equipe e cada um joga na sua posição para que o melhor resultado seja alcançado. Mas vale ressaltar que o grande coordenador das políticas é o presidente Luiz Inácio Lula da Silva", disse.
O ministro disse ainda, a respeito da suposta divergência entre Fazenda e BC, que muitas vezes lê nos jornais, pela manhã, sobre reuniões das quais participou na véspera e que nem sempre as notícias retratam com total fidelidade o que vem acontecendo.