Atendimento integral ao deficiente vira realidade

Desde 2003, o Paraná passou a contar com um Programa de Atendimento Integral voltado ao deficiente. Pela primeira vez, o deficiente terá todas as suas necessidades de saúde atendidas pelo Governo do Estado. Entre as principais ações do programa estão o início da construção do Centro de Reabilitação do Paraná, além do aumento do número de Centros de Atenção Psicossocial (Caps) e o credenciamento das Associações de Pais e Amigos do Excepcional (Apaes) junto ao Sistema Único de Saúde (SUS), além da inclusão de profissionais especializados no atendimento de deficientes no Programa de Saúde Bucal.

O início da construção do maior centro público de reabilitação e medicina física do país, cujo investimento inicial será de R$ 4,5 milhões, é uma ações voltadas ao atendimento do deficiente. Com 10.325 metros quadrados de área construída, o Centro de Reabilitação em Medicina Física do Paraná será voltado ao tratamento de pessoas com necessidades especiais de locomoção motora.

O Centro será construído em área conjunta à APR (Associação Paranaense de Reabilitação), no bairro do Cabral, em Curitiba, e atenderá toda a região Sul do País. Será uma obra semelhante ao Hospital Sarah Kubischek, em Brasília. Para o secretário da Saúde, Cláudio Xavier, a obra é uma das mais importantes do governo do Paraná. "Resgata a dignidade de uma parcela da população, suprindo grande demanda de atendimento ao deficiente", afirmou o secretário de Saúde, Cláudio Xavier.

O principal objetivo do Centro, um projeto da Secretaria de Estado da Saúde executado pela Secretaria de Obras Públicas, é garantir às pessoas portadoras de deficiências físicas assistência nos diversos níveis de complexidade, por intermédio de equipes multiprofissional e multidisciplinar, utilizando métodos e técnicas terapêuticas específicas.

Caps

Desde o início da atual gestão, o número de Centros de Atenção Psicossocial (Caps) para atendimento extra-hospitalar aumentou de 15 para 30 e as residências terapêuticas, de quatro para 14. Três delas foram inauguradas no início de dezembro, em Quatro Barras, com pacientes do Hospital Adauto Botelho, o único hospital público do Estado especializado no atendimento da saúde mental.

O objetivo da Secretaria é expandir e fortalecer cada vez mais os atendimentos extra-hospitalares, com a implantação de serviços de residência terapêutica e Caps. Atualmente outros 20 Caps estão em processo final de implantação e mais três residências terapêuticas seguem o mesmo caminho.

"Além disso, novos hospitais construídos para assistência médica deverão ter unidades para atendimento psiquiátrico. No Hospital Regional de Ponta Grossa, que está em fase de construção, cerca de 30 leitos deverão ser reservados para esse tipo de atendimento", afirmou a coordenadora de Saúde Mental da Secretaria, Cleuse Barleta.

Ela também frisou o aumento na oferta de atendimento desde o início de 2003. Na época, existiam 1.985 vagas e, até o momento, foram criadas 3.060. Com essa ampliação, a capacidade de atendimento no estado subiu para 5.045 vagas. Quando os novos Caps estiverem instalados, o número subirá ainda mais, será 9.660.

"Estamos fazendo a reforma de uma maneira calma e com uma programação definida, para que a população não seja prejudicada", disse Cleuse. Até o momento, 1.304 vagas de atendimento hospitalar foram desativadas. Deste total, 879 por vontade dos hospitais e o restante pela reforma psiquiátrica.
"Desta maneira ficamos com saldo positivo de 1.720 novas vagas dentro de um sistema muito melhor e mais humano. Isso sem contar os novos Caps e residências terapêuticas que ainda estão em fase final de implantação", enfatizou. Entretanto, para a mudança do sistema de atendimento, os pacientes também estão sendo preparados. Eles participam de atividades em grupo para facilitar o processo de sociabilização, para reaprender a lidar com dinheiro, familiares e amigos.

Além de trabalhar no aumento da oferta de vagas e no atendimento mais humano, por meio da reforma psiquiátrica, a Secretaria investe na capacitação de seus profissionais. Cursos são ministrados em parceria com a Escola de Saúde Pública do Paraná, por meio dos Pólos Regionais de Educação Permanente, e com as Regionais de Saúde e alguns municípios para capacitar profissionais da atenção básica que auxiliarão no processo da reforma.

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