Atendidos pelo Família Curitibana têm novo futuro pela frente A vida de 1.049 famílias que viviam em situação de extrema pobreza e vulnerabilidade social em áreas da periferia de Curitiba começou a mudar. Desde novembro, técnicos do programa Família Curitibana, da Prefeitura, ajudam cada família a construir um novo projeto de vida. O programa atende famílias com renda inferior a meio salário mínimo por pessoa, com crianças até 6 anos que estejam fora das creches, e que tenham idosos ou pessoas com deficiência física ou mental no domicílio, entre outros pontos. As famílias atendidas têm prioridade para vagas em creches e escolas, atendimento na rede municipal de saúde, com consultas, exames e vacinação, cursos de qualificação profissional e um subsídio mensal no valor de R$ 50. São R$ 35 em créditos para compras nos Armazéns da Família e R$ 15 em frutas, verduras e legumes, repassados pela Prefeitura. A frequência da criança na creche ou escola e a participação em cursos profissionalizantes são obrigatórias.

Criança na escola é condição

Phamela e Kethlyn na creche.

Uma das famílias atendidas pelo programa Família Curitibana é a da diarista Maryhá Roberta de Lima Silva, de 22 anos. Ela vive com o marido, Rodrigo Falchette Bello dos Santos, 29, e duas filhas em uma casa de um cômodo, na Vila Pantanal, Boqueirão.

As meninas, Kethlyn, 5 anos, e Phamela, 3, passam o dia na creche municipal Elias José. O casal recebe um subsídio de R$ 35 por mês para comprar alimentos e produtos de higiene e limpeza. A cada 15 dias, um caminhão da Secretaria Municipal do Abastecimento leva frutas, verdurase legumes de época para as 158 famílias atendidas na região da Vila Pantanal. “É uma grande ajuda”, diz Maryhá.

Técnicos da Prefeitura acompanham todo o processo. “É preciso garantir que a criança vá para a escola”, explica a gerente do programa, Maria de Lourdes San Roman.

Maryhá e Rodrigo colocaram a carteira de vacinação em dia e ela se inscreveu no programa Inserção Produtiva da Fundação de Ação Social. “Foi o apoio que faltava para as coisas começarem a melhorar. Minhas filhas podem ter um futuro melhor”, diz Maryhá.

Família é que determina as prioridades

O tempo de permanência de cada família no programa Família Curitibana é limitado a dois anos. É a família que determina prioridades e responsabilidades para alcançar a emancipação. “O dia a dia exige grande esforço para garantir a alimentação”, conta a gerente do programa, Maria de Lourdes San Roman. “Quando promovemos a segurança alimentar da família, ela pode reconhecer outros problemas e podemos ajudá-la a acessar seus direitos e fortalecer seus pontos positivos.”