No mais mortífero ataque a um enclave sectário desde o início da guerra do Iraque, supostos militantes sunitas executaram três atentados suicidas com carros-bomba e promoveram duas rodadas de disparos de morteiro contra o bairro bagdali majoritariamente xiita Cidade Sadr, matando pelo menos 150 pessoas e ferindo cerca de 240, informou a polícia.

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Os xiitas responderam quase imediatamente, disparando morteiros contra a mais sagrada mesquita sunita de Bagdá, Abu Hanifa, matando uma pessoa e ferindo outras 14. Três suicidas explodiram seus carros-bomba em intervalos de 15 minutos nos mercados de Jamila, de al-Hay e na Praça al-Shahidein Square, na Cidade Sadr. Quase ao mesmo tempo, granadas de morteiro caíram nas praças al-Shahidein e Mudhaffar.

Enquanto as fortes explosões lançavam nuvens de fumaça negra sobre o nordeste de Bagdá e deixavam as ruas cobertas de corpos calcinados e de sangue, moradores revoltados e milicianos xiitas armados lotaram as ruas, amaldiçoando os muçulmanos sunitas e disparando suas armas para o ar. Ambulâncias acorreram ao local e o coronel de polícia Hassan Chaloub afirmou que pelo menos 145 pessoas foram mortas e 238 ficaram feridas nas explosões, que destruíram barracas de alimentos e carros e ônibus estacionados. A Cidade Sadr é um bastião do Exército Mahdi, a milícia leal ao clérigo antiamericano Muqtada al-Sadr.

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