Três caminhões-bomba contendo tanques de gás de cloro explodiram na província de maioria sunita de Anbar na noite de sexta-feira, matando ao menos dois policiais e forçando cerca de 350 civis iraquianos e seis soldados americanos a procuraram atendimento médico. A região é conhecida por abrigar grupos de insurgentes e terroristas sunitas.
No mês passado, uma série de atentados com bombas de gás cloro gerou alertas entre os militares americanos sobre a adoção de novas táticas pela insurgência iraquiana. A campanha, segundo o Exército, visa espalhar o pânico entre a população.
Os ataques de sexta-feira começaram após às 16 horas (local) quando um motorista detonou os explosivos instalados em uma caminhonete a nordeste de Ramadi. A explosão feriu um soldado americano e um civil iraquiano.
Em seguida, uma explosão similar com um caminhão de lixo atingiu a cidade de Amiriyah, ao sul de Faluja. Pelo menos 100 moradores locais apresentaram sinais de intoxicação por cloro. Os sintomas da exposição ao elemento químico são náusea, vômitos e irritações na pele e nos pulmões.
O terceiro atentado, também com um caminhão de lixo, foi registrado por volta das 7h15, na região tribal de Albu Issa, a sul de Faluja. O veículo-bomba estava equipado com um tanque de 900 litros de cloro. Ao responderem ao ataque, os militares americanos encontraram cerca de 250 civis – incluindo sete crianças – intoxicados.
Três outros ataques com gás cloro foram registrados desde janeiro. O mais recente ocorreu em 21 de fevereiro em Bagdá, um dia depois da explosão de uma bomba instalada em um caminhão tanque. Os atentados deixaram 55 e 150 pessoas intoxicadas, respectivamente.