A ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, realizada na semana passada e que determinou a redução da taxa básica de juros (Selic) da economia brasileira de 13% para 12,75% ao ano, está em linha com as expectativas dos profissionais do mercado financeiro, de que o documento sinalizaria a manutenção do ritmo atual de queda dos juros.

continua após a publicidade

Ou seja, a ata, divulgada esta manhã, confirma a aposta de que pode haver um novo corte de 0,25 ponto porcentual da taxa Selic na reunião do Copom em abril. O documento trouxe novamente a expressão "parcimônia", ao alertar que o Copom pretende preservar "as importantes conquistas obtidas no combate à inflação e na manutenção do crescimento econômico, com geração de empregos e aumento da renda real". E voltou a lembrar que "há defasagens importantes entre a implementação da política monetária e seus efeitos sobre o nível de atividade e sobre a inflação".

Essas advertências fazem contraponto ao cenário tranqüilo que o próprio documento apresenta para a inflação – as projeções do IPCA para 2007 e 2008 no cenário de referência mantiveram-se abaixo da meta central de 4,5% – e enfatizam o fato de que o Copom não toma decisões com base na inflação corrente, mas sim atento aos riscos futuros.

"Um conjunto de pressões de preços, a princípio isoladas e transitórias, atinge a economia em um momento em que a demanda doméstica se expande a taxas robustas. Nesse ambiente, cabe à política monetária manter-se especialmente vigilante para evitar que a maior incerteza detectada em horizontes mais curtos se propague para horizontes mais longos", diz a ata.

continua após a publicidade