O presidente da Associação Brasileira das Agências de Comunicação (Abracom) em Brasília, Ronaldo Moura, defendeu a aprovação de leis que definam mais claramente os critérios de contratação de serviços de comunicação pelo Estado. Moura discursou no 6º Congresso Brasileiro de Comunicação no Serviço Público. Ele criticou a contratação de assessorias de comunicação por meio de contratos "guarda-chuva", em que os serviços são prestados pelas agências de publicidade, e a contratação desses serviços por meio de empresas de intermediação de mão-de-obra (terceirização). Segundo ele, há casos no governo de empresas de limpeza e segurança que prestam serviços de jornalismo.

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Como modelo para uma nova legislação, o presidente da Abracom citou os parâmetros técnicos estabelecidos para a contratação de obras por empreiteiras. Ele também classificou como transparente a contratação de assessorias por licitações feitas pela Embratur, pelo Ministério do Turismo e pelo Sebrae.

Análise no TCU

Ronaldo Moura apontou como avanço o fato de o Tribunal de Contas da União (TCU) ter chamado a Abracom para discutir a contratação de empresas de comunicação. Há quatro anos, segundo ele, não havia nenhuma licitação para contratar empresas de comunicação. Neste ano, no entanto, já ocorreram duas delas.

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Entre os projetos de lei sobre o assunto que tramitam na Câmara está o PL 7352/06, do deputado José Eduardo Cardozo (PT-SP), que disciplina as licitações e os contratos de publicidade e de assessoria de imprensa celebrados com a administração pública.

No evento, o presidente da Abracon também criticou a exclusão das pequenas empresas de comunicação do Supersimples. O 6.º Congresso Brasileiro de Comunicação no Serviço Público ocorre no auditório Nereu Ramos.

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