A Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata) acusou ontem (4) o governo de não ter um plano de contingência para a crise aérea no País. A poderosa entidade, que reúne mais de 220 empresas de todo o mundo, enviará na próxima semana uma missão ao Brasil para tentar estabelecer com as autoridades e companhias aéreas um plano para evitar que a segurança seja comprometida.

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?Os problemas enfrentados no Brasil terão um impacto econômico para o País se continuarem a ocorrer?, alertou Steven Lott, porta-voz da Iata, entidade que representa os interesses das principais companhias aéreas, que não esconde que está preocupada com os prejuízos que o apagão pode gerar para inúmeras empresas. ?Diante do aumento da demanda de passageiros no País nos últimos anos, o Brasil se viu sem controladores em número suficiente. Mas o que estamos preocupados é que os planos de contingência do governo ou não existem ou são ineficientes. Além disso, não há coordenação com as empresas aéreas no debate sobre uma solução?, disse Lott.

?A nossa idéia para o plano de contingência que queremos negociar é de que a segurança e a eficiência do sistema precisam ser garantidas?, afirmou. ?Não consideramos que voar no Brasil seja perigoso, mas o acidente com o avião da Gol demonstrou que há questões que precisam ser ajustadas de forma rápida?, disse a entidade. A Iata ainda pede que o diálogo entre o governo e os controladores seja mantido para evitar novos problemas no feriado de Páscoa. Uma das prioridades, segundo a entidade, é a de garantir que os vôos internacionais possam continuar operando de forma normal.

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