O deputado Fernando Gabeira (PV-RJ), sub-relator da CPMI das Sanguessugas, recebeu nesta quarta-feira (09) documentos da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), vinculada ao Ministério da Ciência e Tecnologia, que apontariam novas irregularidades em seu programa de inclusão digital. Os documentos foram encaminhados pela Associação dos Funcionários da Finep e revelam que o programa de inclusão digital foi aprovado com parecer contrário de um técnico da entidade.

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De acordo com Gabeira, a utilização dos ônibus do programa de inclusão digital implicaria a contratação de funcionários classificados como cabos eleitorais, "alguns deles ganhando até o salário de um professor universitário". O documento revela também que a Finep aceitou cadastros irregulares de empresas que disputaram a licitação, sem o número de telefone das mesmas.

O deputado informou que o preço dos ônibus comprados para o programa variava de R$ 180 mil a R$ 290 mil. Para ele, essa variação é suspeita. Gabeira disse que a CPMI precisa ouvir representantes da Secretaria de Inclusão Digital e o técnico que apresentou parecer contrário ao programa e o presidente da Finep.

Processo de cassação

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Gabeira desqualificou o pedido de abertura de processo de cassação contra ele feito ontem pelo PSB na Câmara. "É uma estratégia para me distrair do meu trabalho, mas estou bem centrado", disse.

O deputado acrescentou que já está acostumado com esse tipo de ataque. "De tempos em tempos estão querendo cassar o meu mandato", afirmou, lembrando o pedido de cassação formulado pelo deputado Benedito Dias (PP-AP), logo após uma discussão que teve em Plenário com o ex-presidente da Câmara Severino Cavalcanti.

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