Amanhã é o Dia Mundial da Segurança no Trabalho. Pela ocasião, a Boca Maldita foi escolhida como palco para um protesto sobre o assunto. A ADLT (Associação de Defesa dos Lesionados do Trabalho), com o apoio da Força Sindical e da SESA (Secretaria de Estado da Saúde), reivindica o resgate da cidadania do trabalhador lesionado. São aguardados mil manifestantes amanhã às 10h30.

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Segundo estimativas da ADLT, só em São José dos Pinhais, 4 mil trabalhadores aguardam o benefício por lesão no trabalho concedido pelo INSS. Em Curitiba, este número cai para 3 mil. "O elevado número se dá pelas montadoras de São José", esclarece Osvaldo Silveira, vice-presidente da ADLT.

Os manifestantes irão até a Procuradoria Federal do Trabalho cobrar agilidade em um caso contra a Audi/Volkswagen. A ação, encaminhada pelo Sindicato dos Metalúrgicos, tramita desde 2002.

O caso mais comum é o de LER (Lesão por Esforço Repetitivo). Paulo aponta como soluções rodízio na produção, ginástica laboral, intervalo de, em média, 10 minutos por hora trabalhada e maior número de empregados. Além da LER, os casos dos associados vão desde escoliose até perda de membros.

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"Há também questões que fogem do plano físico", afirma o médico. Ele aponta a pressão hierárquica como causadora de problemas psicológicos. A ADLT afirma ter o conhecimento de casos de desmembramento familiar e até suicídio.