O presidente da Associação Comercial e Empresarial de Matinhos (Acima) e também comerciante, Carlos Dalberto Freire, destacou neste sábado (20) como essencial às ações de divulgação dos locais impróprios para banho que vem sendo realizadas pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP). A Acima foi criada em 1970 e conta atualmente com 300 filiados.
Alguns comerciantes têm criticado o trabalho do IAP, alegando que a colocação de barracas vermelhas na orla – indicando pontos impróprios para banho – ocasionou redução no número de turistas e queda nas vendas.
?Nós não vemos a ação como prejuízo. Pelo contrário. Somos a favor da continuidade da divulgação porque sabemos que o Estado está trabalhando em prol do município. Sentimos a mudança. Este é um dos poucos governos que investiu e continua investindo no Litoral?, ressaltou o presidente.
Segundo ele, houve um aumento em 30% no número de turistas – se comparado com a temporada passada – e que existem períodos de pico que normalmente ocorrem e que este anos foram prolongados devido ao bom tempo e aos investimentos que vem sendo feitos.
?Os pontos impróprios têm que existir e os comerciantes devem entender o risco da falta de divulgação. O município perderia muito mais, por exemplo, se ocorresse um surto de diarréia e contaminação por banho em locais poluídos?, explicou Freitas.
De acordo com o presidente, os comerciantes que ainda vêem como prejuízo a publicação da baneabilidade foram motivados a criticar devido a contribuição negativa de alguns meios de comunicação que transmitem a informação como se o Litoral todo estivesse poluído.
?Nós temos problemas e temos que mostrar. Caso contrário, estamos cometendo um crime. É uma questão de segurança e saúde pública. Agora, dos 97 quilômetros de Litoral, apenas sete estão interditados e é dessa forma que os jornais devem publicar?, enfatizou Freitas.
Esgoto
Outro ponto levantado pelo presidente foram as invasões desordenadas sobre os rios que resultam na emissão de esgoto nas praias. ?O cidadão paga um IPTU alto em Matinhos e o município não interfere nestas invasões que poluem os rios e posteriormente deságuam no mar, resultando em locais impróprios para banho?, lembrou o presidente.
Segundo ele, a orientação e responsabilidade para o controle definitivo da ocupação desordenada cabem à prefeitura. ?O Governo do Estado investiu uma fortuna desde a Ilha do Mel até Guaratuba. Nós teremos um dos melhores sistemas de saneamento do Brasil, que nos trará uma água de qualidade. Agora, deve haver uma contrapartida municipal também, orientando a população para que não ligue seus esgotos as galerias pluviais?, finalizou o presidente da Associação.
