O assessor econômico do presidenciável Ciro Gomes, candidato da Frente Trabalhista, Mauro Benevides Filho, disse há pouco, em debate na Câmara Americana de Comércio de São Paulo (Amcham-SP), que dificilmente o candidato assinaria o acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI) para reafirmar a atual condição da política econômica brasileira, se esta for uma exigência do FMI. ?Ciro Gomes não tomou conhecimento das bases do acordo, mas descartamos de saída qualquer medida que impossibilite o crescimento econômico do País, como o aumento de juros, conforme sugeriu como hipótese a senhora Anne Krueger?, disse ele, em referência à vice-diretora-gerente do Fundo.
Benevides Filho vinculou a assinatura de um eventual acordo à definição de reorientação da política econômica brasileira, com uma política industrial e uma reforma tributária, capazes de garantir competitividade internacional às indústrias brasileiras além de uma reforma do sistema previdenciário. ?O receituário do FMI tem exigido a adoção de medidas de cunho conjuntural e nós queremos mudanças estruturais? , explicou.
