O chefe de gabinete do ministro da Fazenda, Juscelino Dourado, afirmou, em nota à imprensa, que conhece o advogado Rogério Buratti há mais de 15 anos e que o recebeu no ministério em nove encontros.

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Dourado disse que "esses encontros estão dentro do seu relacionamento pessoal com Buratti e não significam acesso por parte do advogado a nenhum tipo de benefício quanto a serviços ou contratos junto ao Governo Federal". Ele diz ainda que poderá dar mais esclarecimentos sobre o relacionamento com Buratti na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Bingos, assim que a data for marcada.

Dourado diz ainda que sua família e a de Buratti compartilham de atividades sociais e comemorativas sendo que o advogado é seu padrinho de casamento. O chefe de gabinete informou também que foi sócio de Buratti em uma franquia há oito anos, por um período de doze meses.

No domingo, o ministro da Fazenda, Antonio Palocci, confirmou que Juscelino Dourado é amigo de Rogério Buratti e que as decisões do ministério não envolviam a relação de amizade entre os dois. "A agenda do Ministério da Fazenda não está sujeita a contatos pessoais. Não há nenhuma decisão do Ministério da Fazenda vinculada a esses telefonemas", afirmou.

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Durante a entrevista, Antônio Palocci citou reportagem publicada na revista "Veja" desta semana que afirma que Dourado teria mandado uma mensagem eletrônica para Buratti pedindo a compra do equipamento. "Evidente que ele (Dourado) teria sido demitido no minuto que aconteceu". Segundo Palocci, Juscelino Dourado afirmou que a mensagem era falsa.

Leia abaixo a íntegra da nota divulgada por Juscelino Dourado:

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"1) Conheço o senhor Rogério Buratti há mais de 15 anos. Fomos colegas de trabalho e sócios de uma franquia por um ano, há 8 anos.
2) Continuamos amigos pessoais. O senhor Rogério Buratti é meu padrinho de casamento.
3) Nossas famílias se conhecem e compartilham atividades sociais e comemorativas.
4) Recebi visitas do senhor Rogério Buratti, algumas vezes, no Ministério da Fazenda. Estimo um total de nove encontros.
5) Considero que esses encontros estão dentro do contexto do relacionamento acima descrito, e não significam acesso por parte do senhor Buratti a nenhum tipo de benefício quanto a serviços ou contratos junto ao Governo Federal.
6) Para colaborar com a CPI dos Bingos, poderei dar mais esclarecimentos sobre o meu relacionamento com o senhor Buratti no depoimento, assim que a data for marcada".