Chegou há pouco à Superintendência da Polícia Federal o assessor jurídico da Câmara dos Deputados Marcos Vasconcellos. Ele veio acompanhar o depoimento do deputado federal João Batista (PFL-SP), que foi detido esta manhã ao tentar embarcar em um avião particular no Aeroporto de Brasília com sete malas contendo dinheiro.
Vasconcellos diz ter vindo a pedido do presidente da Câmara, Severino Cavalcanti, para tomar conhecimento da situação, já que envolve um parlamentar. Uma máquina do Banco do Brasil foi trazida para a Polícia Federal para ajudar na contagem do dinheiro. Ainda não há uma estimativa de quanto o deputado estaria levando no total, segundo a assessoria de imprensa da PF. Agora há pouco, a polícia terminou de contar o dinheiro de uma das sete malas: eram R$ 600 mil, em notas de R$ 10.
Ainda segundo a assessoria da PF, o deputado disse aos policiais que o dinheiro seria de dízimo da Igreja Universal. A polícia investiga agora a origem e destino do dinheiro, para saber se há irregularidades. De acordo com a lei 9.613, de 1998, não se pode ocultar movimentações financeiras de grande porte. A PF investiga se a Receita Federal ou a Infraero tinham sido informadas sobre o transporte do dinheiro. Outras seis pessoas que estavam no avião particular também prestam depoimento ? incluindo piloto, co-piloto, dois pastores e suas esposas.
