A tradicional atividade econômica dos assentamentos de agricultores do programa Banco da Terra no Paraná, com criações e lavouras, foi rompida em Apucarana, no Norte do Estado. Sete famílias do assentamento São José, de 23,5 hectares, e as 10 famílias do Tropical Garden, de 18,61 hectares, estão produzindo com sucesso flores comerciais.
Os produtores já participam ativamente como floricultores no mercado consumidor. Segundo o técnico agrícola João Carmo da Fonseca, da unidade municipal da Emater, a participação dessas 17 famílias na economia de Apucarana representa 2% do Valor Bruto da Produção do município e abriu emprego direto para 51 pessoas com uma remuneração média mensal de dois salários mínimos.
Sem terra e com domínio na tecnologia de produção de flores comerciais, essas famílias foram contempladas no programa de assentamento do governo federal em 2002, do então Banco da Terra substituído atualmente pelo Programa Nacional de Crédito Fundiário do Ministério de Desenvolvimento Agrário.
Receberam ainda recursos financeiros do Pronaf e do Projeto Paraná 12 Meses para melhorar a infra-estrutura da atividade. Os produtores de São José têm duas safras planejadas por ano, ocupando 1 hectare no sistema estufa, para atender o dia das mães e finados, e produzindo 120 mil crisântemos de vaso e 5 mil dúzias de gérberas de corte.
O assentamento Tropical Garden produz em 2 hectares com sombrite, flores e plantas de forração como beijinho americano, érica, begônia e petúnia destinadas ao ajardinamento, paisagismo e decoração, num total anual de 8 mil caixas. A floricultura dos dois assentamentos já está consolidada no mercado regional, além de atender pedidos de Minas Gerais, São Paulo e Santa Catarina. Para 2005, está em andamento a oferta de 5 mil dúzias de rosas.
