A Assembléia Legislativa do Paraná convidou o secretário de Comunicação Social do Estado, Airton Pisseti, a comparecer à sessão de quarta-feira (15) para dar a versão sobre o que teria acontecido numa reunião, há cerca de 40 dias, com deputados estaduais do PL e do PDT. Na quinta-feira (09), o governador Roberto Requião (PMDB) denunciou que o deputado Edson Praczyk (PL) teria pedido R$ 45 mil para votar com o governo do Paraná.
Praczyk negou e disse que estava acompanhado no encontro dos deputados Mauro Moraes (PL) e Renato Gaúcho (PDT). Segundo o deputado estadual do PL do Rio Grande do Sul, foi Pisseti quem ofereceu recursos para as rádios em que eles trabalham, como "prestigiamento da base". Praczyk, Moraes e Renato Gaúcho teriam dito a ele que, embora radialistas, não eram proprietários de estações e que o oferecimento dessas verbas deveria ser feito diretamente aos donos.
Os discursos na sessão da Assembléia Legislativa, hoje, foram quase todos em cima dessa questão. Renato Gaúcho e Praczyk reiteraram que foram convidados pelo líderes do governo na Assembléia, Natálio Stica (PT), e pelo ex-líder Dobrandino da Silva (PMDB) para a reunião.
Moraes e Stica não compareceram à sessão de hoje. Silva disse que não partiu dele o convite, mas que foi procurado por Praczyk pedindo uma audiência com o secretário de Comunicação do Paraná.
"O que trataram eu não sei", esquivou-se. "Eu saí antes da sala." A proposta de convite a Pisseti foi feita pelo deputado Tadeu Veneri (PT). "Não dá para sair na rua e sermos todos cobrados no mesmo patamar", reclamou. "As afirmações do governador são graves e ele deve ter como provar." O presidente da Assembléia, Iradir Pietroski (PTB), referendou o pedido. "Temos de averiguar com profundidade", acentuou. "A Secretaria de Comunicação não é o órgão para fazer política de governo em termos de prestigiamento."
