Brasília – A defesa dos direitos da mulher indígena, a geração de emprego e renda e a capacitação na área de saúde, especialmente nos direitos reprodutivos, para essas mulheres estão em debate hoje (29) na Assembléia Geral da Rede Grumin de Mulheres, no Rio de Janeiro.
A Rede Grumin (Grupo Mulher e Educação Indígena) pretende, com o evento, discutir políticas públicas para a inserção das mulheres indígenas no mercado de trabalho, nas escolas e nas universidades. Além disso, a assembléia vai discutir propostas para a organização e a capacitação dessas mulheres na área de saúde, educação, trabalho, moradia e questão territorial. O grupo reivindica, ainda, a criação da Casa Rede Grumin de Mulheres, como centro formador de pessoal e a Casa da Alimentação, como forma de discutir a nutrição dessa parcela da população.
?A assembléia tem o objetivo de reestruturar o Grumin do aspecto político, organizacional e estrutural, promover eventos, capacitação e promoção de desenvolvimento na comunidade com geração de renda, capacitação na área de saúde dos direitos reprodutivos, que é uma demanda muito importante, capacitação na área de violência, educação, saúde. Estamos empenhadas nessa luta?, explicou a coordenadora do Grumin, Eliana Potiguara.
Segundo ela, as dificuldades das mulheres indígenas são muitas. Envolvem desde a sensibilização da sociedade para os problemas dessa parcela da população até a capacitação e a orientação quanto à demarcação de terras. ?Atender às demandas das mulheres indígenas, no sentido de que elas possam ter acesso ao trabalho, à maternidade segura, abrir espaço para as mulheres indígenas escritoras, para que elas possam desenvolver textos e reivindicar o desenvolvimento de serviços básicos que a gente precisa na área de saúde, educação, trabalho, demarcação das terras. São essas demandas que estamos interessadas?, disse.
Para isso, de acordo com Eliana, serão feitas parcerias com o governo do estado do Rio de Janeiro, com o movimento feminista do estado e com outros movimentos indígenas.
O Grumin foi formado em 1996 e logo se transformou na Rede de Comunicação Indígena para mobilizar os povos indígenas quanto aos seus direitos.