Assembléia aprova por unanimidade projeto do piso ao servidor estadual

A Assembléia Legislativa aprovou por unanimidade nesta segunda-feira (15) a mensagem 033/2006 do governador Roberto Requião, que cria o ?Piso Social Complementar?. A medida institui uma parcela extra de remuneração aos funcionários públicos civis efetivos, ativos e aos inativos e geradores de pensão da Administração Direta e Autárquica do Executivo. Na prática, o projeto fixa em R$ 580, o menor salário pago aos servidores do quadro geral do Estado.

?Foi uma vitória e uma demonstração de que o governador está preocupado com todas as categorias profissionais do Paraná?, disse o líder do Governo, Dobrandino da Silva. O deputado, que na última semana aprovou regime de urgência para a matéria, lembrou da aprovação da proposta que fixou o Salário Mínimo Regional do estado entre R$ 427,00 a R$ 437,80, dependendo a categoria.

O projeto, segundo ele, será sancionado por Requião no Plenário da Assembléia, no início da tarde desta terça-feira (16). ?O governador vem dando demonstrações claras de que está preocupado com as classes menos favorecidas do estado?, destacou. O projeto do Piso Social Complementar volta à votação nesta terça e quarta-feira (16 e 17), em segunda e terceira discussão.

A medida vai contribuir, junto com o Salário Mínimo Regional, para o aquecimento da economia do Paraná. A proposta atende diretamente os servidores do Instituto Agronômico do Paraná (Iapar). A vantagem vale apenas para ocupantes de cargos com jornada diária de oito horas ou de 40 horas semanais.

O projeto considera, para fins de remuneração, a somatória do vencimento ou vencimento base, adicional por tempo de serviço e quaisquer outros acréscimos decorrentes do exercício da função, inclusive relativas ao local e condições de trabalho conforme a regulamentação vigente.

Contexto

A remuneração mínima do funcionalismo do Executivo foi instituída em 2003, primeiro ano da atual gestão, e estabeleceu o piso em R$ 400,00. Com as reestruturações dos quadros de pessoal promovidas pelo governo, às remunerações nos diferentes quadros superou esse patamar. O projeto oficializa esse acréscimo.

Além do quadro do Iapar, as outras menores remunerações eram dos servidores que integravam o Quadro Próprio do Poder Executivo (QPPE), o chamado quadro geral, que a partir de maio passaram a receber vencimentos iguais ou superiores a R$ 580. A elevação dos salários do funcionalismo é prioridade do atual governo, conforme demonstra o retrospecto.

No primeiro ano da gestão, em outubro de 2003, Requião sancionou a Lei da Remuneração Mínima (14.161). Além disso, nos últimos três anos, o governo desenvolveu uma série de medidas que asseguraram gradativamente melhoras da remuneração dos servidores públicos.

O magistério foi contemplado com um novo plano de carreiras (reajustes médios de 33%), os policiais civis e militares tiveram reajustes de até 60%, os professores do ensino superior, de 32% em média. Mais recentemente, foram os técnico-administrativos das faculdades e universidades que tiveram um plano de carreiras, e acréscimos na remuneração de 8% a 88%. Com o plano, o menor vencimento ficou em R$ 600,00.

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